Muitas pessoas que moram no bairro Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande, estão reivindicando melhorias e reclamam da pavimentação asfáltica da região. Eles alegam que a operação tapa-buraco é um desperdício de verba, por ser feita onde não é necessário.

Daniel Vilalba, de 47, reside há cinco anos neste bairro, entre as ruas General Artur Soter e Avenida Manoel Padial. Ele contou que, nesta quarta-feira (19), por volta das 9h, uma empreiteira realizou a obra de tapa-buraco em frente a sua casa, e que a maior parte da massa asfáltica desceu com a água da chuva.

“Não tinha nem buraco aqui, não sei por que eles fizeram este bolo de asfalto. Sem falar que choveu e hoje (20) está tudo na frente da minha garagem. Eles falam que é recapeamento, operação tapa-buraco, mas o asfalto vai soltando, é tudo podre. É o nosso dinheiro que está indo para o ralo”, desabafou o morador Daniel.

Celanir Rodrigues Lima, 70, contou que mora há 22 anos na rua General Artur Soter. “Na época de política é que eles inventam de ficar fazendo asfalto para enganar o povo. Não precisava fazer aqui. Na verdade, onde eles tinham que tampar, eles não tampam. Olha tem buracos aqui do lado, que não foram cobertos, enquanto eles passam massa em outros locais”, contou a moradora.

Já Bernardete Elias da Silva, 50 anos, reside há um no bairro. Ela destaca que está faltando conscientização por parte da população também. “Além do asfalto ruim, a rua está um lixo. As bocas de lobo vivem entupidas. O povo é relaxado, fica jogando sujeira no chão”, disse a moradora.

Justificativa

De acordo com a Prefeitura Municipal de Campo Grande, a informação sobre fazer tapa-buraco em locais desnecessários não procede.

A assessoria de comunicação informou que, muitas vezes, a secretaria de obras realiza pavimentação asfáltica em locais que estão apenas trincados, ou com infiltrações, para evitar transtornos maiores, como aparecimento de erosões e crateras. Com isso, faz a limpeza no local, se remove uma parte, e realiza o tapa-buraco.