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Altcoins dispararam com nova máxima do Bitcoin e o tarifaço de 50% do Trump

O mercado de criptomoedas viveu uma manhã elétrica em 10 de julho de 2025. Enquanto o presidente Donald Trump divulgava cartas com uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, o Bitcoin (BTC) cravava um novo topo em 112 mil de dólares e levava a capitalização do setor a 3,46 trilhão de dólares, alta diária de … Continued

O mercado de criptomoedas viveu uma manhã elétrica em 10 de julho de 2025. Enquanto o presidente Donald Trump divulgava cartas com uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, o Bitcoin (BTC) cravava um novo topo em 112 mil de dólares e levava a capitalização do setor a 3,46 trilhão de dólares, alta diária de 2,6%.

O salto das criptos coincidiu com mais uma sessão de recordes em Wall Street. O S&P 500 encerrou a 6.263,26 pontos (+0,61%) e o Nasdaq Composite a 20.611,34 pontos (+0,94%). Na contramão, o real sofreu. O dólar à vista tocou R$5,619 na abertura e fechou em R$5,54, primeiro encerramento acima de R$5,50 desde junho.

Tarifaço sacode câmbio e política

A leitura é de que o tarifaço pode azedar a balança comercial e a confiança estrangeira. A escalada protecionista de Trump, justificada, segundo ele, pelo tratamento vergonhoso ao ex-presidente Jair Bolsonaro, visa Argélia, Iraque, Líbia, Sri Lanka, Brunei, Moldávia e Filipinas.

No entanto, reservou o golpe mais duro ao Brasil, com a tarifa de 50% a partir de 1º de agosto. O Palácio do Planalto reagiu rápido. Lula prometeu acionar a Lei de Reciprocidade Econômica e buscar apoio na OMC, deixando claro que haverá contragolpe proporcional caso a medida seja confirmada.

Do ponto de vista macro, o choque tarifário tirou força do real ao mesmo tempo que enfraqueceu o Índice Dólar (DXY) no exterior, algo que sempre serviu de combustível para o BTC. A combinação explica por que a cripto subiu 2% no dia mesmo depois do estresse inicial nos mercados.

Com o temor de uma rodada de retaliações comerciais, investidores globais giraram posições de renda fixa para ativos considerados antifrágeis, como ações de tecnologia e cripto-ativos. Nos derivativos, a plataforma Coinglass registrou 1,13 bilhões de dólares em liquidações, dos quais 1,01 bilhões de dólares eram posições vendidas.

Tudo isso mostra o pânico de quem apostava na queda dos preços. Esse pano de fundo de liquidez, dólar forte e rotatividade em alavancagem abriu espaço para que o radar se voltasse às memecoins promissoras, sobretudo as que estão ligadas a figuras importantes dos Estados Unidos.

Altas de dois e três dígitos acendem alerta

Entre as vencedoras do dia, HYPER saltou 180%, MemeCore (M) acumulou 97% em 24 horas e 1.110% na semana, enquanto PENGU avançou 60%. A atual janela de alívio do índice VIX, em queda para 15,98 pontos, cria um ambiente para quem tolera risco alto em troca de potencial assimétrico.

O investidor brasileiro, mais uma vez, vê no cripto um porto, volátil, mas ainda assim porto, quando a geopolítica chacoalha o real. Depois do estouro do Bitcoin, o Altcoin Season Index estacionou em 27 pontos, leitura que confirma um momento de “Bitcoin Season”, quando menos de 25% das cem maiores criptos superam o BTC nos últimos 90 dias.

Ainda assim, as coisas mudam rápido sempre que o humor no mundo tolere mais risco, e essa transição costuma ser o gatilho para movimentos abruptos em altcoins antes ignoradas. Mesmo com a dominância do BTC, o dinheiro continua entrando no ecossistema.

Dados da SoSoValue mostram que os ETFs spot de Bitcoin nos EUA registraram 218,04 milhões de dólares de entradas líquidas em 9 de julho, coroando cinco sessões seguidas de captação positiva. Esse fluxo é importante porque libera parte do capital institucional para buscar retornos mais ousados nas altcoins quando o Bitcoin estabiliza.

O mercado cripto no Brasil: Exchanges, tributação e segurança

No mercado doméstico, o apetite também cresce. Dados do Money Times mostram que, em 3 de julho, o volume agregado nas principais corretoras brasileiras quase quadruplicou num único dia após um ataque hacker à C&M Software, demonstrando a migração imediata de liquidez em busca de proteção.

Já na B3, o contrato futuro de Bitcoin (BIT) completou um ano com R$ 2 trilhões negociados e mais de 41 milhões de contratos, consolidando a bolsa como alternativa de hedge cripto em reais. Do lado regulatório, o governo federal avança no programa “Cripto Conforme”, que reforça obrigações fiscais das exchanges e antecipa normas ligadas ao PL 4.401/2021.

A Receita e o Banco Central pretendem exigir reportes mensais de transações acima de R$10 mil, enquanto discutem alíquotas de até 22,5% sobre ganhos de capital. Além disso, a CVM alerta os investidores de que ofertas de criptoativos fora do perímetro regulado podem configurar crime contra o sistema financeiro.

O próprio Banco Central, por meio do LIFT Day 2025, tem sinalizado que pretende integrar tokens lastreados em reais ao sistema de pagamentos instantâneos, abrindo caminho para maior interoperabilidade entre Real Digital e stablecoins privadas.

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