Deixando Nioaque no dia 5 de junho, os expedicionários, sob o comando do major José Tomás Gonçalves, a 6 acampam à margem do ribeirão Areias; a 7, ganham o rumo do Taquaruçu, que estava transbordando. A 9, vadeiam o Taquaruçu, última travessia fluvial antes do fim da viagem. Relendo Taunay, Acyr Vaz Guimarães detalha:
A natureza… sim a natureza parecia vedar-lhes o caminho; junho não é um mês chuvoso e os rios deveriam estar, em anos de chuvas normais, com pouca água. Mas o Taquaruçu rolava bravio, espumante, inundando margens… Fez-se acampamento esperando vazar todo aquele caudal avermelhado, que trazia terra da serra de Maracaju, onde brotam seus primeiros filetes. Já havia mais sossego e os sentinelas mais tranqüilos não tinham sinais da presença ameaçadora dos paraguaios.
Afinal, a tropa acampada à margem do Taquaruçu ouviu, não muito longe, os clarins e tambores paraguaios que soavam com sua cavalaria em retirada para Nioaque, deixando a perseguição que haviam encetado no Apa. Inglórios momentos para aqueles valentes guerreiros. Faltara-lhes talvez um bom comandante.
A 9 de junho, livre da sanha inimiga, a tropa de José Tomás, já alimentada por víveres que o bondoso Vieira de Resende lhe remetera por porto Canuto, alegre porque sabiam todos estarem próximos ao caudaloso rio Aquidauana, vadeia o rio e ganha a direção do morro Azul, Bonito e altaneiro, sinal que tinha para alcançar o novo acampamento.
FONTE: Acyr Vaz de Vasconcelos, Seiscentas léguas a pé (A Campanha do Apa), Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 1988, página 111.
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