Pular para o conteúdo
Brasil

Senado vota projeto para mudar Ficha Limpa e reduzir inelegibilidade nesta terça-feira

Câmera também irá decidir se aumenta ou não o número de deputados federais
Agência Estado -
(Foto: Agência Senado)

O plenário do Senado Federal vota nesta terça-feira, 18, um projeto de lei que altera a Lei da Ficha Limpa e limita o período de inelegibilidade para políticos condenados. A proposta, já aprovada pela Câmara dos Deputados, estipula o período de inelegibilidade para um prazo único de oito anos, limitando as penas dos casos em que o período inelegível pode ser maior, além de propor marcos temporais para o início da contagem.

O projeto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado em agosto de 2024. Se aceita pelo plenário, a proposta seguirá para sanção presidencial. A autora da medida é Dani Cunha (União -RJ), filha do da Câmara Eduardo Cunha, que pode ser beneficiado com a alteração da lei.

A proposta delimita quatro marcos possíveis para a fixação do prazo de oito anos de inelegibilidade: a data da decisão judicial que condenou o político na primeira instância, a data da decisão de segunda instância, a data de renúncia do mandato, caso haja, ou a data da eleição que levou à condenação.

No Senado, o projeto foi relatado por Weverton Rocha (PDT-MA), que afirmou em parecer que a alteração da inelegibilidade para um prazo único busca estabelecer “isonomia” nas condenações. A medida é criticada pelo jurista Márlon Reis, um dos idealizadores da Lei da Ficha Limpa, pois torna mais brandas as punições previstas na legislação.

Clique aqui para seguir o Jornal Midiamax no Instagram

A mudança do período de inelegibilidade integra um pacote de medidas no radar do Congresso que pretende mudar as regras eleitorais para a disputa de 2026. Entre deputados federais, a principal discussão é sobre o número de parlamentares da Casa, enquanto os senadores debatem mudanças no Código Eleitoral e a extinção da reeleição para cargos do Executivo. Para valerem já na próxima eleição, os projetos precisam ser aprovados até o mês de setembro.

A Câmara precisa decidir se aumentará o número de deputados federais para 527 ou se remanejará as 513 cadeiras existentes entre os 26 Estados e o Distrito Federal. Em agosto de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a Casa teria que adequar seu número de cadeiras seguindo a proporcionalidade de representação estadual. O Censo de 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicou mudanças na proporção de população entre os Estados do País, o que acarreta, no entendimento da Corte, em alterar a representação dos Estados no Legislativo federal.

Para manter as 513 cadeiras, algumas bancadas estaduais deverão perder representantes, abrindo espaço que outros Estados ganhem deputados federais. As principais mudanças ocorreriam com , que perderia quatro deputados, e com Santa Catarina, que ganharia quatro parlamentares.

Os deputados de Estados prejudicados com a alteração, encampam a iniciativa de aumentar o número de deputados para 527: dessa forma, é possível atendendo ao pedido do STF sem retirar deputados de nenhuma bancada estadual. É o caminho sinalizado por Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Casa. Motta é deputado federal pela Paraíba, que perderia dois representantes com a alteração da proporção. Essa solução, porém, custaria R$ 46,2 milhões por ano, segundo um estudo do Instituto Millenium feito a pedido do Estadão.

Além da mudança no prazo de inelegibilidade, o Senado discute alterações no Código Eleitoral. Entre as principais mudanças, há a possibilidade de instituir uma cota de gênero para mulheres nos Legislativos municipal, estadual e federal, além de instituir um período de quarentena para militares e magistrados que desejam se candidatar a cargos eletivos.

O fim da reeleição para cargos do Executivo também está na pauta do Senado. A base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva resiste ao projeto, mas segundo o ex-presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a proposta conta com o apoio da maioria dos senadores.

Siga o Jornal Midiamax nas redes sociais

Você também pode acompanhar as últimas notícias e atualizações do Jornal Midiamax direto das redes sociais. Siga nossos perfis nas redes que você mais usa. 👇

É fácil! 😉 Clique no nome de qualquer uma das plataformas abaixo para nos encontrar:
Instagram, Facebook, TikTok, YouTube, WhatsApp, Bluesky e Threads.

💬 Fique atualizado com o melhor do jornalismo local e participe das nossas coberturas!

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais
bares

Barulho pode render multa de até R$ 30 mil para bares de Campo Grande

Homem é preso com cocaína após agredir a esposa gestante no Centro Oeste

BYD perde para-choque em ‘atoleiro’ e proprietária fica com prejuízo de R$ 1,9 mil

Itens da cesta básica variam até 181% em supermercados de Campo Grande, aponta Procon

Notícias mais lidas agora

Vostok: Justiça de MS nega liberar R$ 277 milhões bloqueados de Reinaldo Azambuja

INSS: Em MS, CGU flagrou descontos ilegais em 100% dos aposentados analisados

Tereza Cristina vai comandar em MS federação do PP com União Brasil

Ministro da CGU comunica suspensão de acordos de cooperação técnica com sindicatos

Últimas Notícias

Polícia

VÍDEO: Loja é alvo de furto e dois são presos em Maracaju

O autor e o receptador foram presos

Política

Líderes acordam e PL da Anistia não entra na pauta da Câmara na próxima semana

Líder da oposição criticou adiamento e disse que manterão obstrução das votações

Emprego e Concurso

Cooperativa realiza cadastro para contratações em São Gabriel do Oeste com salário de R$ 2,5 mil

A ação acontece das 8h às 13h, na Escola Municipal Nerone Malolino, localizada na R. Maraú, s/n, no bairro Vida Nova, em Campo Grande.

Mundo

Velório do papa: 90 mil já se despediram de Francisco; 2º dia teve fila de apenas 15 minutos

O segundo dia teve um fluxo menos intenso de peregrinos e filas mais organizadas