O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou o pedido do portal Poder360 para entrevistar Filipe Martins. Ele ex-assessor de Jair Bolsonaro, atuava na Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República e é réu no processo que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O magistrado alega que a negativa do pedido “evita o risco de tumulto durante o processo”.
Conforme a reportagem da CNN e do próprio Portal 360, Moraes divulgou as seguintes palavras sobre o episódio: “Verifica-se a impertinência e inadequação de concessão de entrevista pelo denunciado à requerente, a fim de evitar o risco de tumulto neste momento processual”. No entanto, na decisão, o ministro não detalha quais seriam os potenciais riscos de tumulto. Filipe Martins e outros acusados fazem parte do chamado “núcleo 2” da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).
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O ex-assessor é acusado de integrar o núcleo jurídico da operação, incluindo auxiliar com a criação de minutas para instituir Estado de Sítio e a aplicação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem). Ele está em liberdade provisória após de ter sido preso em fevereiro de 2024, durante a operação “Tempus Veritatis”.
Por seis meses, ele ficou detido no Paraná porque supostamente teria deixado o Brasil no avião presidencial de Bolsonaro, rumo aos Estados Unidos, em 30 de dezembro de 2022.
A prisão de Martins foi revogada por Moraes em agosto do ano passado. No entanto, o ex-assessor de Bolsonaro deve seguir algumas medidas cautelares, como utilizar tornozeleira eletrônica, não acessar redes sociais, entre outras.
A defesa de Filipe nega que o ex-assessor deixou o Brasil e apresentou documentos à Justica, que comprovariam que Filipe estaria no país.
