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Brasil

Líder da bancada feminina diz que não aceitará convocação de Marina Silva para voltar ao Senado

Leila Barros afirmou que nenhuma mulher deve ser tratada como Marina foi pelo senador
Agência Estado -
Marina Silva é Ministra de Estado do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil (Nathalia Alcântara, Midiamax)

A líder da bancada feminina no Senado, Leila Barros (PDT-DF), afirmou na tarde desta terça-feira, 27, que não aceitará a convocação da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, pela Comissão de Infraestrutura.

Pela manhã, a ministra, que havia sido convidada a comparecer à comissão, deixou a reunião após uma série de discussões com parlamentares da oposição. Após o episódio, senadores defenderam que Marina fosse convocada a retornar ao colegiado.

“Convocação não vai ter, não. Nós vamos fazer um auê aqui dentro e não vai ter convocação. Teve gente que fez papel pior aqui e ninguém pediu convocação”, disse a senadora do PDT. “Não vai ter convocação da Marina porque nós vamos fazer uma mobilização nacional se tiver uma convocação, aqui, de qualquer mulher que foi tratada como ela foi tratada hoje”, afirmou.

Na audiência pública para debater a criação de unidades de conservação na Margem Equatorial, Marina foi cobrada pela demora na liberação de licenças ambientais. O senador Plínio Valério (-AM) disse que “a mulher merece respeito, a ministra não”. Marina exigiu um pedido de desculpas para continuar, mas não foi atendida.

Em outro momento do debate, o presidente da comissão, senador Marcos Rogério (PL-RO), reclamou da postura da ministra e cortou o microfone dela. Segundo o senador, Marina estava “provocando”. No momento mais tenso da discussão, o senador do PL disse para a ministra “se por no seu lugar”. Marina reagiu: “Gostaria que eu fosse mulher submissa, não sou”.

Marina Silva, que participava na condição de convidada, informou que, diante do cenário, iria se retirar. O presidente do colegiado disse que, na próxima sessão, vai pautar a convocação de Marina para retomar o debate.

O caso repercutiu na sessão no plenário e diversos senadores se manifestaram sobre o ocorrido. A líder da bancada feminina relatou ter ouvido atentamente as opiniões dos senadores e afirmou que, sem a presença de Marina, o tom das declarações era diferente do dirigido à ministra durante a audiência na comissão.

“Quando falam ‘ah, a ministra Marina estava alterada’, gente, ponham-se no lugar de uma pessoa que chega à comissão em que é convidada, uma ministra que já foi senadora da República, que conhece muito bem os ritos desta Casa. Ela é convidada para tratar de questões da pasta dela, Meio Ambiente, e começa a ser atacada. Que tipo de reação vocês querem de uma mulher que se sente acuada?”, questionou Leila Barros.

Após o discurso da líder da bancada feminina, a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) também manifestou sua solidariedade à ministra. Para a parlamentar, trata-se de uma questão de educação.

“Precisamos melhorar a participação feminina na política. É necessário o equilíbrio entre todos nós e, acima de tudo, a participação feminina”, disse a senadora.

Ainda no plenário, a senadora Teresa Leitão (PT-PE) apontou a frase dita por Marcos Rogério como “o suprassumo do machismo”. Ela afirmou que o tratamento dispensado a homens e mulheres na política é muito desigual e reiterou que o lugar da mulher não é no âmbito privado nem doméstico, longe do espaço público e da formulação de políticas públicas.

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