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Brasil

Antes de cúpula, Lula volta a sugerir moeda comum do Brics

Moeda serviria para transações internacionais do Brics e seria uma alternativa à dominância do dólar
Agência Estado -
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Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (Reprodução, TV Brasil)

Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender nesta sexta-feira, 4, uma moeda comum do Brics, ignorando as ameaças do governo americano de declarar uma guerra tarifária contra quem ameaçar a hegemonia global do dólar.

Lula discursou na abertura da 10ª reunião anual do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), instituição financeira do Brics, no primeiro evento ligado à cúpula do grupo, que começa oficialmente neste domingo, 6.

A moeda que serviria para transações internacionais do Brics seria uma alternativa à dominância do dólar e para reduzir custos. Lula apoia a ideia publicamente desde pelo menos 2023, mas o assunto havia sido deixado de lado em razão da sensibilidade do tema.

A pauta agrada a países que rivalizam economicamente com EUA, como a , e aqueles alvos de sanções econômicas, como Rússia e Irã. No entanto, havia sido desacelerada por escolha do Brasil, pelo potencial de atrito com Washington e por acentuar a visão de que o Brics se tornou um grupo antiocidental.

O presidente americano, Donald Trump, chegou a ameaçar taxar em 100% as exportações de países que quisessem destronar a moeda americana de sua posição hegemônica.

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O governo brasileiro se dedicou a combater essa percepção sobre Brics, forte nos EUA e na , e tirou a sugestão de criar uma moeda para comércio da proposta de temas a serem discutidos este ano — o que não dissuadiu o presidente de defender a ideia.

Trump também foi alvo da presidente do NDB, . Na abertura do encontro, ela afirmou que o mundo está mais fragmentado, desigual e exposto a crises sobrepostas — climática, econômica e geopolítica — fez uma crítica velada às políticas tarifárias da Casa Branca. “Testemunhamos um recuo na cooperação e o ressurgimento do unilateralismo. Tarifas, sanções e restrições financeiras estão sendo usadas como ferramentas de subordinação política”, disse.

Disputa

O discurso de Lula ecoa a disputa doméstica e é um recado ao embate entre Congresso e Executivo, que levou à derrubada de seu decreto com aumento do IOF e o fez pautar novamente a proposta de taxação de grandes fortunas. O aumento tinha por objetivo ampliar receitas para dar conta dos gastos.

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, fará neste sábado, 5, uma maratona de reuniões antes da abertura da cúpula do Brics, amanhã, no Rio. Ele se encontrará com líderes de Etiópia, Nigéria, Vietnã, China e Cuba para discutir temas globais e bilaterais.

O Planalto considera abrir espaço na agenda de Lula para até oito reuniões, que ocorrerão no Forte de Copacabana, à tarde, depois que o presidente discursar no Fórum Empresarial do Brics, na zona portuária, pela manhã.

Lula terá ainda outra oportunidade de conversar mais reservadamente com líderes do bloco no Museu de Arte Moderna (MAM), local de abertura do encontro, que se encerra na segunda-feira, 7.

Após a cúpula do Brics, o presidente volta a para receber visitas de Estado do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e do presidente da Indonésia, Prabowo Subianto — Lula deve agradecer os esforços de resgate da brasileira Juliana Marins, que morreu em trilha no vulcão no Monte Rinjani, em junho.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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