Lula pretende mudar perfil do Ministério dos Direitos Humanos

A mudança no perfil do Ministério dos Direitos Humanos deve ir além da escolha de uma mulher negra para o lugar do agora ex-ministro Silvio Almeida

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lula e silvio almeida
(Foto: Ricardo Stuckert)

A mudança no perfil do Ministério dos Direitos Humanos deve ir além da escolha de uma mulher negra para o lugar do agora ex-ministro Silvio Almeida. O mais provável é que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolha alguém com alguma experiência política para o cargo. Isso deverá marcar uma diferença em relação a Almeida, um homem negro vindo da academia e do Direito, e que estreou na vida pública ao assumir a pasta, em 2023.

Assim, o nome mais cotado hoje é o da deputada estadual Macaé Evaristo (PT-MG). Também são citadas a ex-ministra Nilma Lino Gomes e a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ). Todas elas já têm trajetória na vida pública. Macaé Evaristo e Nilma Lino Gomes são de Minas Gerais.

Também circula o nome da Secretária Nacional de Acesso à Justiça, Sheila de Carvalho. Ela é advogada e ligada ao grupo Prerrogativas, influente no governo. Apesar disso, sua nomeação é vista como pouco provável por causa da pressão petista pelo ministério.

O nome de Silvio Almeida superou esse tipo de obstáculo no começo de governo porque ele era uma sumidade na área de Direitos Humanos antes das acusações de assédio sexual que o derrubaram do ministério na semana passada.

Fontes do entorno de Lula ouvidas pela reportagem acreditam que o petista nomeará logo alguém para o Ministério dos Direitos Humanos, hoje interinamente administrado pela ministra Esther Dweck (Gestão), como forma de enterrar as acusações de assédio sexual no governo.

Por que uma mulher negra?

A escolha de uma mulher negra para a pasta – esse perfil já é dado como certo para a sucessão de Almeida – seria uma resposta para o desgaste sofrido pela gestão Lula nos últimos dias. Assim como é comum o Presidente ser cobrado por um aumento da representatividade feminina no primeiro escalão.

Portanto, a opção por uma mulher negra arrefeceu especulações sobre outros nomes que circulavam como cotados para o cargo. Por exemplo: Felipe Freitas, secretário de Justiça e Direitos Humanos da Bahia; e Martvs Chagas, que participou da transição de governo na área de igualdade racial.

É provável que Lula ouça a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, antes de tomar uma decisão sobre quem comandará o Ministério dos Direitos Humanos. Janja tem interesse pela área. A primeira-dama está no Catar para a celebração do Dia Internacional para Proteger a Educação de Ataques – e deve voltar a Brasília nos próximos dias.

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