Caso Tio Paulo: Justiça ouve sobrinha que levou idoso morto a banco

A sobrinha foi denunciada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro pelos crimes de tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver

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A 2ª Vara Criminal de Bangu realiza, nesta terça-feira (12), a primeira audiência de instrução do caso do “Tio Paulo”. No dia 16 de abril deste ano, Paulo Roberto Braga, de 68 anos, foi levado, depois de morto, a uma agência bancária de Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro, pela sobrinha, Érika de Souza Vieira Nunes, de 43 anos, que tentava sacar um empréstimo de R$ 17 mil em nome do tio.

A audiência de instrução e julgamento de Érika de Souza será fechada à imprensa e tem o início previsto para 13h.

A sobrinha foi denunciada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro pelos crimes de tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver. Érika cumpre medidas cautelares desde 2 de maio, depois de ter a prisão revogada pela Justiça.

Segundo a denúncia, apesar de o empréstimo no valor de R$ 17 mil ter sido solicitado quando Paulo Roberto Braga ainda estava vivo, o dinheiro não poderia ser sacado, tendo em vista que o homem estava morto no momento em que ele e a sobrinha chegaram ao banco.

O MP destaca ainda que Érika, mediante a fraude, tentou se apropriar de valores que não seriam mais usados em favor de seu tio, o que ocasionaria prejuízo à instituição financeira que concedeu o empréstimo, uma vez que o valor não seria mais quitado pelo devedor, já morto.

Relembre o caso

Erika levou Paulo Roberto até uma agência bancária do Itaú no último dia 16 de abril. Ele estava em uma cadeira de rodas e ela tentava sacar um empréstimo de aproximadamente R$ 17 mil.

Os atendentes do banco desconfiaram da ação dela e começaram a filmar. No vídeo é possível ouvi-la dizer: “Tio, tá ouvindo? O senhor precisa assinar. Se o senhor não assinar, não tem como. Eu não posso assinar pelo senhor, o que eu posso fazer, eu faço”.

Em seguida, os bancários chamaram a polícia e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado. O óbito de tio Paulo foi constatado ainda no banco.

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