CPMI do 8 de Janeiro quer explicações de Wassef sobre recompra de Rolex
Wassef foi intimado a prestar depoimento no dia 31
Agência Estado –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro querem ouvir o advogado Frederick Wassef sobre a recompra do relógio Rolex avaliado em mais de R$ 300 mil, mesmo ele estando endividado. De acordo com os parlamentares do colegiado, a movimentação financeira de Wassef pode ajudar a esclarecer o que chamam de um “projeto de golpe de Estado”, que envolveria o esquema das joias sob investigação.
A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) afirmou que a CPMI já pretendia chamar Wassef por causa de seu envolvimento no esquema suspeito de desvio e venda ilegal de presentes recebidos por Jair Bolsonaro enquanto ocupava a Presidência. Agora, na avaliação da senadora, a decisão sobre a convocação tende a ser acelerada. “Isso (informação de que Wassef acumula dívidas) nos dá uma pista e reforça a necessidade de ouvi-lo, nos traz mais indícios de que, sim, pode haver algo”, disse Soraya.
Atualmente, há seis requerimentos que pedem a convocação de Wassef como testemunha na CPMI do 8 de Janeiro, além de três pedidos de quebra de sigilo – todos na esteira da Operação Lucas 2:12, da Polícia Federal, sobre a venda de joias e presentes no exterior por aliados de Bolsonaro.
“Estamos analisando que muito dinheiro que transitou nesses últimos meses, principalmente após o segundo turno, foi para financiar o golpe de Estado” afirmou Soraya. Para o deputado Rogério Correia (PT-MG), a reportagem do Estadão reforça a necessidade de o presidente do colegiado, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), colocar em votação os requerimentos.
Viagem
Em março deste ano, depois de o Estadão revelar que o governo Bolsonaro tentou trazer, de forma ilegal, joias recebidas do governo saudita, Wassef viajou para Miami, nos Estados Unidos, para recuperar um relógio Rolex doado para o ex-presidente e vendido pelo general Mauro César Lourena Cid, pai de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-chefe do Executivo. Para reaver o item, Wassef teria pago o equivalente a R$ 346.983,60, com o objetivo de entregar o relógio ao Tribunal de Contas da União (TCU), que havia determinado a devolução dos presentes.
“Eu comprei o relógio. A decisão foi minha. Usei meus recursos. Eu tenho a origem lícita e legal dos meus recursos. Eu tenho conta aberta nos Estados Unidos em um banco em Miami e usei o meu dinheiro para pagar o relógio. Então, o meu objetivo quando eu comprei esse relógio era exatamente devolvê-lo à União, ao governo federal do Brasil, à Presidência da República”, afirmou o advogado, após ser alvo da Lucas 2:12. Wassef ainda ironizou que “o governo do Brasil” lhe “deve R$ 300 mil” e disse que o resgate do relógio não se deu a pedido de Bolsonaro.
Na semana passada, a PF intimou Wassef, Bolsonaro e outras seis pessoas a prestarem depoimento sobre o caso das joias no próximo dia 31.
Notícias mais lidas agora
- Idosa de 67 anos é presa após esconder porções de drogas em planta
- Na garupa de moto, criança de 7 anos sofre traumatismo craniano após acidente em rodovia de MS
- Morre traficante que capotou S10 carregada com 1,5 tonelada de maconha em MS
- VÍDEO: Motociclista é socorrido desacordado e moto é destruída em acidente em cruzamento de Campo Grande
Últimas Notícias
Juiz determina fiança de R$60 mil para motorista que atropelou motoentregador na Mato Grosso
Condutor passou pela audiência de custódia na manhã deste domingo (12)
Dino dá 30 dias para governo ter regras para emendas em universidades
Decisão considera necessidade prestação de contas e transparência
Campeão olímpico das argolas, Arthur Zanetti anuncia aposentadoria
Depois de 16 anos no alto rendimento, agora ex-ginasta será treinador
Trabalhador rural morre esmagado por trator em fazenda de Coxim
Este é o segundo caso de morte envolvendo acidente com trator em Coxim em menos de dois dias
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.