Atletas escapam de conflito no Sudão e voltam ao Brasil: ‘Passamos dias complicados’

Jogadores e integrantes brasileiros fazem parte da comissão técnica do Al Merreikh

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Arquivo pessoal

Em fim o pesadelo acabou. Jogadores e integrantes brasileiros que faziam parte da comissão técnica do Al Merreikh, time da cidade de Ondurmã, desembarcaram nesta sexta-feira, em São Paulo, e colocaram fim à tensão que cercou o país por causa dos conflitos generalizados no Sudão. Nesta operação de volta, o grupo contou com a ajuda da CBF, que estabeleceu contato com os ministérios da Justiça e das Relações Exteriores para solucionar o impasse.

“Passamos por dias complicados em áreas de graves distúrbios, com escassez de alimentos e de energia elétrica. Foi importante o apoio da CBF. Conseguimos cruzar a fronteira e chegar ao Egito A partir de então, as coisas ficaram mais amenas”, afirmou Esdras Lopes, assistente técnico e analista de desempenho do Al-Merreikh, equipe que disputa a primeira divisão do futebol do Sudão.

Além do apoio da entidade que comanda o futebol no Brasil, Lopes agradeceu também o empenho do Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Saferj) e ainda o trabalho de articulação de vários parlamentares e do Itamaraty neste processo de saída do Sudão.

Além de Esdras, mais quatro companheiros de comissão técnica do Al-Merrikh desembarcaram no Brasil. No voo de volta, os atacantes Rafael e Paulo Sérgio, o meia Matheuzinho e o lateral-direito Alex Silva completaram a lista de brasileiros que conseguiram deixar o país em conflito. Na chegada, eles foram recebidos por parentes e amigos que aguardavam tensos o desfecho deste retorno.

Na última segunda-feira, um grupo com dez brasileiros já tinham saído de Cartum, capital do Sudão, e cruzaram a fronteira na direção do Egito, de acordo com informações do Itamaraty.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou ainda que tem mantido contato com outros países que também tem cidadãos em atividade no Sudão para participar de ações coordenadas de retirada. A França, o Reino Unido e os Estados Unidos já conseguiram retirar seus funcionários e dependentes da embaixada desde o último domingo.

Conteúdos relacionados