Testes positivos de Covid-19 são mais de 40% no estado do Rio
Na capital, considerando redes pública e privada, índice é de 43%
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A taxa de positividade dos testes de covid-19 na cidade do Rio, considerando o acumulado das redes pública e privada nesta semana, chegou a 43%, segundo dado divulgado hoje (9) pela Secretaria Municipal de Saúde. A Secretaria Estadual de Saúde também calcula que a taxa de positividade tenha passado de 40%, marcando 41% na última sexta-feira (7).
O percentual de positividade nos testes realizados na capital continua a subir desde a semana anterior ao Natal, quando saiu de 0,7% e chegou a 5,5%. A proporção registrada hoje significa que, de cada 100 testes realizados na cidade, 43 detectam o coronavírus no paciente.
A Secretaria Municipal de Saúde informa que realizou mais de 52 mil testes de covid-19 na primeira semana de 2022. O número é o maior na série histórica de semanas epidemiológicas, que consta no painel de dados mantido pela prefeitura, e é mais que o dobro da última semana de dezembro, quando foram realizados cerca de 20 mil testes.
Dos mais de 52 mil testes, cerca de 49 mil são de antígeno, 2,5 mil são RT-PCR e pouco mais de 200 são de anticorpos ou sorológicos.
Somente ontem (8), os três novos centros de atendimento a pacientes com síndrome gripal, inaugurados pelo município no Clube dos Servidores Municipais, na Cidade Nova; no Ciep Nação Rubro Negra, no Leblon; e na Arena Chacrinha, em Guaratiba, registraram respectivamente 964, 2.900 e 594 testes.
Hoje (9) de manhã, também houve grande procura pelos centros de testagem na cidade e, no Clube dos Servidores Municipais, pacientes chegaram a esperar por mais de duas horas para realizar o exame.
Assim como outras partes do país, a cidade vive crescimento acelerado no número de casos devido à disseminação da variante Ômicron, considerada de preocupação pela Organização Mundial da Saúde por ser mais contagiosa que as demais cepas do coronavírus.
Segundo estimativa do secretário municipal de saúde do Rio, Daniel Soranz, a variante levou apenas 17 dias para se tornar a dominante na capital e hoje já responde por mais de 98% das infecções.
Em boletim divulgado nesta semana, pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ressaltam que a disseminação da nova variante no Brasil se soma à epidemia de gripe causada pelo H3N2 e à grande circulação de pessoas durante as festas de fim de ano.
“Todos esses elementos contribuem para causar impacto negativo na dinâmica da pandemia e na capacidade de enfrentamento, na saúde da população e no sistema de saúde”, avaliam os pesquisadores. Eles ressaltam que a variante está relacionada à menor gravidade nos casos de covid-19, mas pode pressionar os serviços de saúde pelo potencial de causar aumento abrupto de casos.
*Colaborou o repórter Vitor Abdala
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