Três dias após o ex-presidente Luiz Inácio da Silva (PT) dizer que o aborto é questão de saúde pública, o presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu se contrapor ao seu principal adversário na corrida eleitoral e enfatizou, ontem, que é contrário ao procedimento. “Nós somos contra o aborto no Brasil”, disse ele durante entrega das obras de ampliação do Aeroporto de Passo Fundo (RS).

A declaração de Lula sobre o aborto repercutiu mal entre evangélicos e até mesmo dentro do PT, que tem setores ligados à Igreja Católica. Além disso, integrantes da legenda viram uma “bola levantada” para Bolsonaro se posicionar e conseguir apoio entre o eleitorado mais conservador.

Bolsonaro ainda disse que não acredita em pesquisas de intenção de voto — que o colocam em segundo lugar, atrás de Lula — e intensificou a defesa pelo armamento da população. “Quem acredita em pesquisa acredita em Papai Noel. Nenhuma pesquisa acertou em 2018 e não é agora que vai aceitar”, afirmou. “Povo armado jamais será escravizado, reagirá a qualquer ditador de plantão que queira roubar a liberdade”, acrescentou.