Lote de vacinas infantis da Pfizer chega ao Brasil na madrugada do dia 13

O Ministério da Saúde confirmou que serão cerca de 1,2 milhão de doses

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Frascos da vacina da Pfizer em versão pediátrica (laranja) e a partir dos 12 anos (roxa)
Frascos da vacina da Pfizer em versão pediátrica (laranja) e a partir dos 12 anos (roxa)

O primeiro lote de vacinas infantis da Pfizer contra Covid-19 chegará ao Brasil na madrugada do dia 13 de janeiro, mais especificamente às 3h40 no aeroporto de Viracopos em Campinas (SP).

O Ministério da Saúde confirmou que serão ao todo cerca de 1,2 milhão de doses. As vacinas serão distribuídas após a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em dezembro de 2021, sobre as doses pediátricas da Pfizer.

O discurso do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, dizendo que “não havia pressa” para vacinar as crianças, foi criticado por especialistas, governadores e secretários da saúde. Para comprovar sua eficácia e assegurar não haver riscos, a Anvisa analisou um estudo feito com pouco mais de 2.200 crianças. Ainda assim, o Ministério da Saúde decidiu fazer uma consulta pública sobre a vacinação de crianças.

Segundo o portal O Tempo, antes de anunciar que incluiria crianças na campanha de vacinação, a pasta promoveu uma audiência com a participação de três médicos contrários à vacinação de crianças. O convite para o evento foi da deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL). Em questionário encerrado neste domingo (2), a maioria dos participantes é contra a obrigatoriedade de prescrição medica.

Bolsonaro é contra

O presidente Jair Bolsonaro tem conquistado holofotes após efetuar diversas declarações contrárias à vacinação contra a covid, mesmo com as evidências científicas garantindo a eficácia das mesmas. Os termos utilizados pelo presidente vão desde “quem toma vacina vai virar jacaré” a “vacina transmite AIDS”. E desta vez, Bolsonaro tem tido a vacinação para crianças de 5 a 11 anos como alvo.

Um dos exemplos das declarações polêmicas, o chefe do Executivo federal disse desconhecer casos de mortes pelo novo coronavírus de crianças na referida faixa etária. O boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, no entanto, registrou 301 mortes de crianças na referida faixa etária em decorrência da Covid-19 desde que a pandemia começou — o que corresponde a uma média de 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias, segundo dados da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19

Críticas à Anvisa

O presidente tem o costume de realizar lives semanais nas redes sociais, e na última quinta-feira (6), foi sua primeira transmissão ao vivo após sua terceira internação devido a uma obstrução intestinal. Bolsonaro, em tom de crítica, chamou a Anvisa de “dona da verdade” e fez “alertas” que desestimulam a vacinação infantil. O chefe do executivo, fez questão mais uma vez de frisar que sua filha Laura, de 11 anos, não irá se vacinar.

Bolsonaro finalizou sua live criticando as informações relacionadas à vacinação. “A Anvisa virou outro poder no Brasil. É a dona da verdade, dona de tudo. Agora já falam até em terceira dose para crianças de 5 a 11 anos”, disse.

Últimas Notícias

Conteúdos relacionados

lula