No primeiro dia de 2022, o Brasil volta ocupar o assento não permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas no biênio 2022-2023. O lugar foi definido em eleições durante a 75ª Assembleia Geral das Nações Unidas, nos Estados Unidos. A chegada ao posto implica um destaque a importância do Estado Brasileiro e dos interesses históricos do Brasil em relação ao cenário internacional. O país participou em 2010-2011 e agora será sua 11ª participação.

O conselho é formado por 15 países, sendo os Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, e Rússia membros permanentes e têm poder de veto. Outros 10 assentos são ocupados de forma rotativa, em mandatos de dois anos. Além do Brasil, os países participantes são: Albânia, Emirados Árabes Unidos, Gabão, Gana e Índia, Irlanda, México, Noruega e Quênia.

O Brasil irá priorizar, no Biênico 2022-203, a prevenção e as soluções pacíficas de conflitos, a eficiência das missões de paz e das respostas humanitárias às crises internacionais, a estabilização da paz mediante ações voltadas ao desenvolvimento, integrando a paz e segurança em âmbito internacional. O país será responsável por buscar melhorar e aprimorar a forma do conselho com outros órgãos da ONU e com organismos regionais envolvidos na resolução de conflagrações.

O governo brasileiro buscava um assento permanente, há muito tempo. O país integra o G4 grupo formado pelo Japão, e Índia, que defende mudanças no órgão da ONU. Brasil participou do Conselho de Segurança da ONU nos seguintes biênios: 1946-47, 1951-52, 1954-55, 1963-64, 1967-68, 1988-89, 1993-94, 1998-99, 2004-05 e 2010-11.

Impactos da participação do Brasil no Conselho de Segurança da ONU

Historicamente a diplomática brasileira defende as desigualdades de poder no plano internacional. O país sempre lutou pelo congraçamento dos povos, pela paz, portanto, tem algo a reivindicar em relação à paz no mundo e tem legitimidade para pleitear a paz e para participar de um órgão tão importante como o Conselho de Segurança da ONU.

Segundo o coordenador-geral do Grupo de Estudos e Pesquisas em Segurança Internacional da de Brasília, Juliano Cortinhas, em entrevista ao G1, “é uma posição interessante porque ganha protagonismo nas resoluções de paz. A gente passa a ser consultado. Então, vem mais responsabilidade”.