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Brasil

Todo mundo jogaria pedra em Bolsonaro se presidente fosse à COP-26, diz Mourão

Vice-presidente Hamilton Mourão tentou justificar nesta sexta-feira a ausência do presidente Jair Bolsonaro na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas
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O vice-presidente Hamilton Mourão tentou justificar nesta sexta-feira a ausência do presidente Jair Bolsonaro na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP-26, que acontece na semana que vem em Glasgow, na Escócia. De acordo com o general, todo mundo jogaria pedra no chefe do Executivo brasileiro, caso ele comparecesse.

“Sabe que o presidente Bolsonaro sofre uma série de críticas. Então, ele vai chegar em um lugar em que todo mundo vai jogar pedra nele”, disse Mourão na chegada ao Palácio do Planalto. “Está uma equipe robusta lá com capacidade para, vamos dizer, levar adiante a estratégia de negociação. É uma negociação que envolve 190 países que vão discutir esse assunto, não é simples”, acrescentou.

Na avaliação do vice-presidente, o governo federal sofre críticas entre ambientalistas também por ser de direita. “A maioria das pessoas que tem consciência ambiental é de esquerda”, afirmou nesta sexta-feira.

Em meio a críticas na comunidade internacional em torno da política ambiental brasileira, sobretudo a dificuldade em conter o desmatamento e as queimadas na Amazônia, o País será representado na COP pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite. Em evento no Palácio do Planalto na segunda-feira, Leite afirmou que gostaria de chegar ao evento multilateral com um consenso sobre o financiamento de medidas para atenuar as mudanças climáticas. Na quarta-feira, em entrevista à TV A Crítica, Bolsonaro afirmou que sua ausência na COP-26 seria uma estratégia do governo.

Sem comparecer à COP, o presidente brasileiro deixará de se encontrar com importantes líderes globais para comparecer a uma cerimônia em Anguillara Veneta, na Itália, cidade de origem da família Bolsonaro. Lá, receberá o título de cidadão local. Hoje, Bolsonaro está em Roma para participar, no final de semana, de reuniões do G-20, o grupo das 20 maiores economias do mundo.

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