Perícia aponta morte violenta de enteado de 4 anos de vereador do Rio de Janeiro
A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar a morte de Henry Borel Medeiros, de 4 anos, na madrugada do último dia 8, em um hospital particular da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. A criança chegou a unidade levada pela mãe e pelo padrasto, o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, […]
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A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar a morte de Henry Borel Medeiros, de 4 anos, na madrugada do último dia 8, em um hospital particular da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. A criança chegou a unidade levada pela mãe e pelo padrasto, o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade), que teriam relatado que ela apresentava dificuldade para respirar. O casal irá prestar depoimento sobre o caso nesta tarde, na 16ª DP (Barra da Tijuca).
De acordo com o laudo de exame de necrópsia, a causa da morte do menino foi hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente. Segundo o depoimento prestado pelo pai de Henry na delegacia, ele recebeu uma ligação de sua ex-companheira por volta de 4h30. Ela teria dito que o filho deles estava “sem respirar” e foi levado ao hospital.
O engenheiro dirigiu-se então até o local e, ao encontrá-la, na companhia de Dr. Jairinho, foi informado de que a criança havia feito um “barulho estranho” enquanto dormia. Ao chegar no quarto do menino, o casal teria o teria visto com os “olhos virados” e com dificuldade respiratória.
No depoimento, ele relata que a mãe disse ter feito um procedimento de respiração boca a boca em Henry. O pai narrou também ter visto os médicos tentando reanimar a criança, não tendo tido sucesso. Ela faleceu às 5h42 e seu corpo foi removido para o Instituto Médico Legal (IML), no Centro da cidade.
Procurado pelo EXTRA, Dr. Jairinho informou estar “triste”, “sem chão” e “suportando a dor graças ao apoio da família dos amigos”. O vereador definiu o enteado como “um menino incrível e doce”. “As autoridades estão apurando os fatos e vamos ajudar a entender o que aconteceu. Toda informação será relevante. Por isso, acho prudente primeiro dizer na delegacia a dinâmica dos fatos, até mesmo para não atrapalhar os trabalhos desenvolvidos”, disse o parlamentar, em nota.
Perícia
Nove peritos ouvidos pelo RJ2 dizem que, pelo exame de necropsia, dá para afirmar que Henry morreu por uma ação violenta. Eles analisaram o laudo elaborado pelo Instituto Médico Legal (IML) sobre Henry Borel.
Para Talvane de Moraes, perito aposentado, o documento mostra que o menino teve múltiplas lesões pelo corpo.
“A necropsia mostra lesão no crânio, no estômago, no fígado, nos rins e várias equimoses, populares manchas roxas”, afirma.
O perito legista Carlos Durão disse que “é evidente, com as experiências que temos, que se trata de uma morte violenta”.
“Agora, uma queda de uma altura baixa – é pouco provável que esteja na origem dessas lesões traumáticas que observamos aqui. Em acidentes de trânsito, com muito mais energia, nós observamos esses tipos de lesões”, afirmou Durão.
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