A marca fúnebre de meio milhão de mortos por covid-19 levou políticos e lideranças a manifestaram-se nas redes sociais. As mensagens lamentam as mortes e algumas culpam o governo Bolsonaro pelos 500.022 óbitos registrados até as 14h deste sábado.

Fernando Pigatto, presidente do Conselho Nacional de Saúde, publicou um vídeo onde responsabiliza o governo de Jair Bolsonaro pelas mortes. “Chegamos a mais uma triste marca de vidas perdidas. Culpa de um governo genocida”, afirmou Pigatto.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PT), tuitou que decretou luto oficial de três dias no Estado “em face da enorme tragédia representada por 500.000 mortes por coronavírus no Brasil”. “Todas as vidas são sagradas e o mal não pode ser banalizado. Minha solidariedade às famílias brasileiras”, escreveu Dino.

O ex-presidente da Câmara e deputado federal Rodrigo Maia (RJ) destacou que o Brasil acumulou “100 mil novas mortes por covid-19 em 50 dias”. “O Brasil atinge a trágica marca de 500 mil mortes. Um número que poderia ser bem menor se o presidente Bolsonaro tivesse defendido a vacina e não o obscurantismo desde o início”.

A senadora (MDB-MS) escreveu: “milhões de brasileiros choram a perda de seus avós, pais, filhos para a covid-19. Nosso mais profundo pesar às famílias enlutadas”. E acrescentou: “Que nosso respeito se dê com atitudes conscientes, vacinação e cuidados sanitários”.

Alguns partidos também publicaram em suas contas no críticas ao governo Bolsonaro. O publicou um vídeo com fotos e legendas lembrando as diretrizes, recomendações de uso de remédios como a cloroquina e críticas do presidente da República contra medidas simples como o uso de máscara. “Com Bolsonaro, a tragédia estava anunciada”, diz o tuíte e a mensagem do vídeo.

O Democratas escreveu no Twitter: “chegamos hoje à absurda marca de MEIO MILHÃO de vidas perdidas pela Covid-19. Não podemos tratar com naturalidade esse número. Muitas mortes poderiam ter sido evitadas com a aceleração da vacinação em todo Brasil. Cada vida importa! Nossos sentimentos aos familiares das vítimas”.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também publicou um vídeo com uma ilustração dos 500 mil mortos e a legenda: “Não são só números. Perdemos meio milhão de vidas para a covid-19”. Rodrigues escreveu: “alcançamos hoje a trágica marca de 500 mil perdas p/ a Covid-19, entre esses, milhares de amapaenses. São nomes, rostos, olhares, sorrisos que deixaram saudades e vazios imensos. Se hoje lutamos por vacina na CPI, é para que nosso povo não chore mais mortes. O luto não tem fim!”.

Em um tuíte, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) questiona: “se isso não é um genocídio, o que mais seria?”. Ele defende que, “não fosse a condução criminosa de Bolsonaro na pandemia”, “3 em cada 4 brasileiros poderiam estar vivos”. “Ou seja, 339 mil vidas dessas 500 mil seriam salvas.”

O deputado federal Aliel Machado (PSB-PR) também defende que a tragédia poderia ter sido amenizada. “Triste e revoltante. Quantas famílias foram destruídas? Quantas mortes poderiam ter sido evitadas com as medidas corretas e com a compra mais rápida da vacina? Que Deus conforte o coração dos familiares das vítimas.”