O gol da vitória foi de Fábio Santos, de pênalti, reafirmando seu aproveitamento quase perfeito. Em sua segunda passagem pelo clube, ele converteu 19 das 20 cobranças que fez.

O Athletico vive um paradoxo na temporada. Conquistou o título da Copa Sul-Americana, vai à final da Copa do Brasil, mas corre riscos de rebaixamento no Brasileirão. O time não vence há quatro jogos e só tem dois pontos de vantagem para a zona do descenso.

Em casa, o soltou os laterais, adotou linhas mais avançadas e empurrou o adversário. Mas o time não conseguiu apresentar a mesma intensidade da vitória diante do Santos. Mérito do rival, que bloqueou os espaços e sofreu pouco. O Corinthians conseguiu levar perigo quando a bola passou nos pés de Renato Augusto, que jogou mais recuado, na posição de meia, o lugar onde rende mais.

Aos 7, ele próprio finalizou de fora da área e Santos teve de se virar para defender. Aos 33, ele mostrou como consegue dar dinâmica ao jogo e encontrar espaços que poucos descobrem. Ele lançou Jô, com um passe perfeito, medido na régua. O atacante finalizou bem, tirou do goleiro, mas acertou na trave. Foi a melhor chance do jogo.

O Athletico adotou a mesma atitude dos jogos contra Flamengo, Bragantino e São Paulo: formar uma linha defensiva com cinco jogadores e buscar os contra-ataques. É uma equipe que faz direitinho sua ideia de jogo, mas ficou devendo na parte ofensiva. Cássio trabalhou pouco o jogo todo.

Willian entrou no lugar de Gabriel Pereira para tornar o time mais agressivo no ataque. Mesmo que ainda não tenha recuperado totalmente a forma física, a mudança deu resultado. Mais objetivo, o Corinthians abriu o placar aos 19 do segundo tempo.

Renato Augusto cruzou rasteiro, no braço de Marcinho. O árbitro Paulo Cesar Zanovelli interpretou como pênalti. Na batida, Fábio Santos cobrou bem, no alto, e reafirmou porque seu aproveitamento é tão bom. Em sua segunda passagem, o lateral converteu 19 penalidades em 20 cobranças.

Com a vantagem no placar, o Corinthians recuou para explorar os contra-ataques. Estratégia que causou certa irritação entre quase 40 mil corintianos. No final do jogo, essa postura trouxe riscos, mas o Corinthians suportou a pressão do rival.