Pular para o conteúdo
Brasil

Câmara e Senado analisam projeto de Lira e Pacheco para manter o orçamento secreto

Paralelamente ao projeto, Pacheco e Lira descumpriram a liminar do STF para dar ampla divulgação aos congressistas beneficiados
Arquivo -

O se reúne nesta segunda-feira, 29, para votar um projeto conjunto da cúpula do Senado e da Câmara que propõe a manutenção do pagamento de verbas do orçamento secreto, sem o cumprimento da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para tornar públicos todos os dados dos parlamentares beneficiados. A oposição tenta mudar o texto, mas a base do governo e os parlamentares do Centrão têm maioria para manter a proposta.

O projeto de resolução nº 4 foi articulado pelos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, (Progressistas-AL), depois que o Supremo suspendeu, no início do mês, o pagamento das verbas que beneficiaram principalmente parlamentares aliados ao governo, e determinou medidas para dar transparência aos recursos já distribuídos.

As emendas de relator-geral do orçamento (RP-9) vêm sendo usadas pelo Palácio do Planalto para conquistar apoio em troca de repasses do Orçamento da União a municípios e Estados em redutos eleitorais. Diferente de outras indicações de gasto feitas no Congresso, como as emendas individuais ou as de bancada, no caso da RP-9 os nomes dos políticos não são amplamente divulgados, diminuindo a possibilidade de controle e fiscalização. O instrumento foi revelado pelo Estadão em maio.

Propostas

A sessão que vai analisar o projeto na Câmara está marcada para as 14h. No Senado, para as 16h. Nove emendas ao texto foram protocoladas por congressistas das duas Casas, de oposição ou de partidos “independentes”, como Cidadania, Novo, MDB, Podemos e PSB.

A deputada Adriana Ventura (Novo-SP) sugere que haja “critérios para distribuição regional das emendas de relator autorizadas”. O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) propõe a publicação de todos os documentos em sistema público na internet, de forma que cada repasse possa ter seu autor individualizado.

Atualmente, isso não ocorre e as emendas ficam todas atribuídas ao relator-geral. A proposta também retoma a ideia de haver uma trava ao valor, que ficaria limitado a 1% do total de despesas discricionárias previstas na Lei Orçamentária Anual.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) propõe que sejam “inadmitidas quaisquer emendas de relator que favoreçam ou facilitem, de qualquer modo, a pessoalidade na execução das respectivas despesas”.

O projeto de resolução de Pacheco e Lira é menos rigoroso. Não prevê um teto às emendas de relator-geral, tampouco regras que impeçam a distribuição desigual dos recursos entre oposição e parlamentares da base do governo.

Ato

Paralelamente ao projeto, em ato conjunto, Pacheco e Lira descumpriram a do STF para dar ampla divulgação aos congressistas beneficiados em 2020 e 2021, com o argumento de que a legislação vigente não a exigia. Como o Estadão revelou, documentos internos do governo mostram que ministros e políticos sem mandato, como dirigentes de partidos, indicaram repasses a redutos eleitorais.

Após a nota, Pacheco e Lira apresentaram uma petição para reverter a decisão da Corte que impôs a divulgação dos dados. Para especialistas e técnicos de órgãos de controle, governo e Congresso são obrigados a dar transparência a essas indicações e a todos os critérios adotados para aprovação e execução das emendas, incluindo a digital de quem indicou o recurso.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Prefeitos do interior ficam presos em protesto do MST e perdem evento com ministra

Desemprego chega a 7%, mas atinge menor taxa da série histórica para o período

Relator de caso Ramagem na Câmara pede para sustar toda a ação penal

Prefeitura de Campo Grande abre R$ 37 milhões em crédito suplementar

Notícias mais lidas agora

‘Colheita Fantasma’: Polícia cumpre mandado em chácara de dona de loja chique em MS

Ônibus que invadiu bar na Afonso Pena estava estacionado sem freio de mão puxado

tereza

Tereza Cristina critica situação do Brasil e diz que União Progressista forma ‘bloco forte’

Após frio de 7°C em MS, maio chega com calor e umidade em queda

Últimas Notícias

Política

Investimento de R$ 74 milhões vai construir 479 casas populares até em duas aldeias de MS

Moradias serão construídas em nove cidades do Estado, confira

Mundo

Jovem de 16 anos mata três pessoas na Suécia

O caso está sendo investigado para apurar a motivação do crime

Publieditorial

Suporte Multimarcas: Como os Operadores Gerenciam Vários Sites a partir de um Sistema Centralizado

Grandes operadores de iGaming geralmente administram várias marcas direcionadas a diferentes segmentos de mercado. Alguns gerenciam entre 15 e 20 sites de apostas separados nos bastidores.

Polícia

‘Colheita Fantasma’: Empresário é preso com armas e munições em escritório em Campo Grande

Líder da organização foi preso em Campo Grande