De acordo com a pasta, Francisco, como era conhecido, vivia há anos no centro de Arcoverde (PE). Ele não tinha contato com familiares e nem documentos que comprovassem a sua real identidade. Foi a partir daí que voluntários da cidade começaram uma busca no estado.

Com a campanha, a unidade de Polícia Científica do Sertão de Moxotó, em , apoiou a busca. Coletou o DNA do homem e chegou até uma mulher, moradora de Lajedo, mesmo estado, que procurava um irmão desaparecido há mais de 30 anos, chamado Cícero. Materiais biológicos foram coletados e encaminhados para o Instituto de Genética Forense Eduardo Campos (IGFEC), em Recife, que confirmou a identidade de Cícero.

“Esse resultado mostra a relevância da Campanha de Coleta de DNA, idealizada pelo Ministério em parceria com os Estados. Com uma ferramenta eficiente de identificação, foi possível aliviar o sofrimento vivido pelos familiares há tantos anos. Seguiremos engajados na divulgação da Campanha para que outros resultados como esse sejam encontrados”, afirmou, em nota, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.

Outros casos

Com a campanha do ministério, já foi possível que outras 23 famílias no país encontrassem os restos mortais de seus familiares desaparecidos. A identificação dos restos mortais foi constatada pelos bancos estaduais em Goiás (6), Maranhão (1), (1), Minas Gerais (1), Rio de Janeiro (3) e (11).

A ação foi realizada de 14 a 18 de junho em todo o país. Mais de 2 mil famílias de desaparecidos forneceram material genético. É importante ressaltar que familiares podem continuar buscando os pontos para doar seus materiais genéticos.