Paulo Guedes vê chance de prorrogar auxílio emergencial com valor mais baixo

O ministro da Economia, Paulo Guedes acredita que pode estender por um ou dois meses o auxílio emergencial. No entanto, a medida pode fazer com que exista redução do valor liberado para os trabalhadores informais, saindo dos atuais R$ 600 para R$ 200, conforme informou a Folha de São Paulo, nesta quarta-feira (20). O auxílio […]

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O ministro da Economia, Paulo Guedes acredita que pode estender por um ou dois meses o auxílio emergencial. No entanto, a medida pode fazer com que exista redução do valor liberado para os trabalhadores informais, saindo dos atuais R$ 600 para R$ 200, conforme informou a Folha de São Paulo, nesta quarta-feira (20).

O auxílio foi lançado em abril deste ano para ajudar os trabalhadores que foram prejudicados com a chegada da pandemia do novo coronavírus. Projeto para apenas três meses – abril, maio e junho, o benefício permaneceria até agosto.

Com as chances de prorrogação do benefício, o discurso representa uma mudança de posição do ministério, que até a criação do programa, era contraria a extensão do auxílio. Porém, por outro lado, a redução no valor seria algo defendido e visto como fundamental para a prorrogação.

Paulo Guedes defende a redução do valor como fundamental para que não limite as contas públicas. O ministro chegou a propor o valor de R$ 200 logo no início, mas como o governo acabou sofrendo pressão do Congresso por acreditar que o valor seria baixo, aumentou para R$ 600.

“O que a sociedade prefere, um mês de R$ 600 ou três de R$ 200? É esse tipo de conta que estamos fazendo. É possível que aconteça uma extensão. Mas será que temos dinheiro para uma extensão a R$ 600? Acho que não”, disse em uma reunião com empresários na terça (19).

O ministro também afirmou aos empresários que o benefício não ser maior ao que é pago para os beneficiários do Bolsa Família, que na visão do Governo, são mais vulneráveis do que os trabalhadores informais.

Para que a medida de extensão seja aprovada, Guedes ainda adota o discurso de equilibrar o auxílio para que não tenha o risco de as pessoas “se acomodarem” e não irem mais trabalhar por conta da ajuda.

“Se falarmos que vai ter mais três meses, mais três meses, mais três meses, aí ninguém trabalha. Ninguém sai de casa e o isolamento vai ser de oito anos porque a vida está boa, está tudo tranquilo. E aí vamos morrer de fome do outro lado. É o meu pavor, a prateleira vazia”, concluiu.

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