Para secretário, houve má interpretação sobre artigo de MP de trabalho

O secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, disse nesta segunda-feira, 23, que o presidente Jair Bolsonaro pediu para suspender trecho da Medida Provisória 297/2020 porque houve “má interpretação” por parte da população. O trecho permitia a suspensão dos contratos de trabalho por até quatro meses durante a crise do novo coronavírus, mas não […]

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O secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, disse nesta segunda-feira, 23, que o presidente Jair Bolsonaro pediu para suspender trecho da Medida Provisória 297/2020 porque houve “má interpretação” por parte da população. O trecho permitia a suspensão dos contratos de trabalho por até quatro meses durante a crise do novo coronavírus, mas não deixava clara a necessidade de o empregador bancar pelo menos uma parte do salário do trabalhador.

De acordo com Bianco, duas novas MP’s serão publicadas em breve, de forma casada, sendo que uma delas servirá como complementação para que exista alguma forma de contrapartida aos trabalhadores

“O presidente determinou celeridade nisso. Estamos trabalhando nessa questão, como já estávamos. Mas toda medida que envolve custo e gasto depende de responsabilidade fiscal”, disse Bianco. “Essa segunda (MP) demora um pouco mais do que as outras, mas presidente pediu pressa e soltaremos o quanto antes”, garantiu.

Como antecipou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), Bianco explicou que a ideia da equipe econômica era editar a primeira medida, como foi feito no final da noite de domingo, focada em flexibilizações trabalhistas. Somente depois seria editada uma MP complementar que envolveria questões orçamentárias.

“São grupos de medidas que estamos soltando”, alegou Bianco. “Tão logo fosse editada essa primeira medida, teria outra com a possibilidade de ajuda por parte do Estado. E esse plano continua de pé. O PR pediu que nós suspendêssemos esse artigo porque houve má interpretação”, declarou.

Bianco concordou com a análise de Bolsonaro e disse que as pessoas estavam entendendo que não haveria contrapartida do empregador. “E não era isso que estava no texto”, completou.

Diante das críticas contra a MP, a hashtag #BolsonaroGenocida se tornou uma das mais populares no Twitter mais cedo.

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