MP investiga funcionários fantasmas em gabinete de Carlos Bolsonaro
O vereador Carlos Bolsonaro está sendo investigado por crime de peculato, isso porque o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) encontrou indícios de supostas contratações fantasmas no gabinete de Carlos desde seu primeiro mandato, em 2001. O relatório do MP-RJ foi obtido pela BloboNews, conforme publicado no portal IG. No relatório é afirmado que […]
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O vereador Carlos Bolsonaro está sendo investigado por crime de peculato, isso porque o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) encontrou indícios de supostas contratações fantasmas no gabinete de Carlos desde seu primeiro mandato, em 2001.
O relatório do MP-RJ foi obtido pela BloboNews, conforme publicado no portal IG. No relatório é afirmado que “há indícios, ao menos em tese, do crime de peculato na contratação de servidores de Carlos Bolsonaro com idade elevada, e que moram em outros municípios e até em outros estados, distantes de onde é exercido o mandato do vereador”.
De acordo com os promotores, o fato das pessoas morarem em locais distantes do local de trabalho “inviabilizaria o cumprimento das funções de assessoria parlamentar”. O pedido dos promotores foi aceito pela Subprocuradoria-Geral de Justiça, que investigará a suspeita.
Conforme publicação do O Globo, há funcionários que passaram meses sem ir até a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, outros nem mesmo possuíam crachá de servidor. Cerca de oito pessoas já foram ouvidas pelos promotores do MP-RJ desde o ano passado.
Uma das funcionárias investigadas foi localizada pela GloboNews. Diva da Cruz Martins, de 72 anos, foi lotada entre 2003 e 2005 no gabinete do vereador, recebia R$ 3 mil por mês e afirmou que sua função era para entregar panfletos em Nova Iguaçu.
Diva teve seu nome divulgado entre os funcionários fantasmas no ano passado pelo jornal O Globo. A sua filha Andrea Cristina da Cruz, também teria assessorado Carlos Bolsonaro. Diva recebia R$ 9 mil em salário bruto e Andrea R$ 10,7 mil.
Ao jornal O Globo, Diva revelou que ia poucas vezes na Câmara e não conseguia ninguém de lá, “eu tinha que comparecer à Câmara de Vereadores uma vez por mês, buscar uns folhetos e distribuir ás pessoas no Centro de Nova Iguaçu”.
Apesar das declarações de Diva, um ofício da Câmara sobre a frequência dos servidores do Gabinete de Carlos Bolsonaro mostra que a servidora não esteve nenhuma vez no local entre os anos de 2003 e 2005.
Outros investigados são o casal Ananda e Guilherme Hudson. A reportagem do O Globo revela que, aos promotores, Hudson disse nunca teve crachá e que sua função era fazer “análise da constitucionalidade e elaborava textos para projetos de lei”. Esses projetos eram revisados por Ananda, esposa de Guilherme.
Ananda foi servidora da Câmara entre 2009 e 2010, mesmo período em que cursava letras em Resende, cidade distante 171 km da Câmara no Rio de Janeiro. Ela revelou que ia e voltava entre as cidades todos os dias e assim como seu marido, só assinava o ponto uma vez por mês.
Em nota, a defesa de Carlos Bolsonaro afirmou que ‘em razão do sigilo decretado no procedimento, as informações necessárias para comprovar as tarefas desempenhadas elos funcionários desde 2001 estão sendo apresentadas ao MP, que inclusive já foi comunicado que o parlamentar está à disposição e empenhado em esclarecer os fatos”.
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