O Hospital da rede pública estadual de MG Risoleta Tolentino Neves afirmou por meio de nota que houve “falha de processo” após a morte de um paciente que faleceu no último dia 1º, que havia dado entrada na unidade em 20 de janeiro, por suspeita de intoxicação por Dietilenoglicol, substância presente em cervejas contaminadas da marca mineira Backer.

Segundo o comunicado, toda assistência foi prestada no tratamento do paciente. Mas, após sua morte, a comunicação do óbito não teria sido repassada ao CIEVS (Centro Estratégico de informações Estratégicas em Vigilância em Saúde) imediatamente. Assim, o atestado de óbito foi liberado sem que o corpo passasse por exames de necropsia no IML (Instituto Médico Legal) de .

“A Diretoria está tomando todas as medidas internas para que situações como essa não ocorram novamente. Continuamos disponíveis para quaisquer esclarecimentos necessários e reafirmamos o compromisso desta instituição com a saúde pública no estado de Minas Gerais”, conclui a nota.

Entenda o caso

Segundo o Estadão, o corpo de um homem que morreu com suspeita de intoxicação por dietilenoglicol, depois de consumir cerveja da Backer, foi enterrado sem ter passado por necropsia no Instituto Médico Legal (IML).

A instituição não seguiu procedimento que vinha sendo adotado até agora nas outras cinco mortes, suspeitas de contaminação pela substância. Sobre os impactos do enterro da possível vítima da substância sem a passagem pelo IML, a Polícia Civil informou apenas que “todo contexto fático somado aos documentos médicos podem ser suficientes para chegar a uma conclusão”.

Até o último dia 4, havia registro de 30 casos suspeitos de intoxicação pelo dietilenoglicol, com seis mortes. Do total de casos, 22 são de moradores da capital mineira e oito da Grande Belo Horizonte e interior. Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde disse que o óbito, ocorrido do dia 1, só foi notificado no dia 3.