Em um ano, pastor Anderson foi internado quatro vezes por envenenamento

A deputada Flordelis tentou envenenar seu marido, Anderson do Carmo, seis vezes entre 2018 e 2019, é o que aponta o Ministério Público do Rio de Janeiro. De acordo com publicação da CNN, no inquérito policial sobre a morte de Anderson, é possível observar quatro laudos com diversos atendimentos de Anderson em um Hospital em […]

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A deputada Flordelis tentou envenenar seu marido, Anderson do Carmo, seis vezes entre 2018 e 2019, é o que aponta o Ministério Público do Rio de Janeiro.

De acordo com publicação da CNN, no inquérito policial sobre a morte de Anderson, é possível observar quatro laudos com diversos atendimentos de Anderson em um Hospital em Niterói, no Rio.

No inquérito existe o registro de entrada da vítima no Hospital Niterói D’or, sendo duas internações e oito atendimentos de urgência. Conforme a emissora, foram quatro atendimentos seguidos de laudos médicos: em 6 de maio; 21 de maio; 9 de julho e 07 de outubro – todos em 2017.

Ao longo do tempo, Anderson foi internado outras vezes. O pastor apresentou vômito, febre e diarreia no dia 9 de outubro de 2018, segundo o registro médico essa era a terceira vez que Anderson apresentava os mesmos sintomas.

O tratamento ministrado foi de “gastroenterite aguda” que, para a vítima, era uma crise de ansiedade.

Para o MO-RJ e a Delegacia de Homicídios de Niterói e região, Flordelis colocou arsênico, uma substância tóxica, na comida ou bebida do esposo. Uma testemunha revelou, em depoimento, ter visto a deputada misturar a substância em um suco de laranja.

Familiares da vítima foram cumplices nos episódios de envenenamento. O filho do pastor, Carlos Ubiraci Francisco Silva, orientou uma pessoa, hoje testemunha, para não ingerir os alimentos que o pai comia, pois, a esposa de Carlos teria passado mal após beber um pouco da bebida de Anderson.

Conforme a CNN, Floderlis orientou seu filho André Luiz de Oliveira a fazer com que Anderson ingerisse alguns alimentos, “faça ele comer e beber alguma coisa. Um arroz fresquinho com um franguinho que não faz mal. Só isso”, disse a deputada em mensagens trocadas em 2018.

As filhas Marzy Teixeira da Silva e Simone dos Santos Rodrigues foram as responsáveis por buscar informações sobre o veneno na internet, além de colocar o produto na comida de Anderson.

André Luiz de Oliveira, outro filho, foi responsável por incentivar o pastor a comer os alimentos envenenados, de acordo com o inquérito. Carlos, André, Simone e Marzy foram presos nesta segunda (24) na Operação Lucas 12.

Os laudos médicos, cruzados com as trocas de mensagens, endossam a acusação contra Floderlis por tentativa de homicídio, homicídio, falsidade ideológica, associação criminosa e uso de documento falso.

Para Anderson Rollemberg, advogado da parlamentar, “os elementos não são suficientes para que seja denunciada. Existe uma ilação, uma ginástica muito grande para colocar a deputada como mandante. A defesa está pasma com o que viu”.

O assassinato de Anderson do Carmos ocorreu em junho de 2019, após ser atingido por trinta tiros em Niterói. Flordelis é acusada de ser a mandante da morte do esposo por desavenças financeiras e familiares.

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