Vale perde R$ 71 bilhões, maior queda de uma empresa brasileira em 1 dia

Veja A Bolsa de Valores de São Paulo reagiu ao rompimento da barragem Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais, na sexta-feira 25. A Vale, dona da estrutura, perdeu 71 bilhões de reais em valor de mercado – a maior queda em um dia na história das empresas brasileiras de capital aberto – […]

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A Bolsa de Valores de São Paulo reagiu ao rompimento da barragem Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais, na sexta-feira 25. A Vale, dona da estrutura, perdeu 71 bilhões de reais em valor de mercado – a maior queda em um dia na história das empresas brasileiras de capital aberto – e suas ações caíram 24,52% nesta segunda-feira, 28. O movimento puxou a Ibovespa, que fechou em baixa de 2,29%, aos 95.443,88 pontos. O dólar caiu 0,17%, indo a 3,76 reais.

Na sexta-feira 25, a bolsa estava fechada por causa do feriado de aniversário de São Paulo, por isso só nesta segunda-feira foi possível perceber a influência do desastre em Brumadinho no mercado de ações. A Vale, que tem grande influência no Ibovespa (um indicador de desempenho dos papéis negociadas na bolsa), sofreu queda brusca – além das ações da companhia, os papéis de sua holding, a Bradespar, caíram 24,49%.

A mineradora teve 11 bilhões de reais bloqueados, devido a pedidos feitos à Justiça pelo governo de Minas Gerais e pelo Ministério Público do Estado. O dinheiro seria para atendimento a vítimas e para compensar danos ambientais.

Além disso, a empresa recebeu duas multas: uma de 250 milhões de reais, aplicada pelo Ibama, e outra de 99 milhões de reais aplicada pelo governo mineiro.

Com isso, a agência de risco Standard & Poor’s (S&P) colocou para análise a nota da mineradora brasileira. A empresa é considerada, atualmente, de médio baixo (BBB-) risco pela S&P.

De acordo com Pedro Galdi, da corretora Mirae, a tendência é que as ações da Vale continuem em baixa por alguns meses, até que os investidores voltem a olhar a mineradora com mais cuidado. “São muitas notícias ruins agora. É um papel que vai ficar pressionado por um tempo”, avalia.

A queda das ações da Vale, de acordo com Galdi, vem do medo dos investidores de que a situação possa ficar ainda pior. “Eles querem recuperar o prejuízo agora, ao invés de esperar.”

A perspectiva para a bolsa, no entanto, segue positiva. “Existe um otimismo por causa da expectativa de recuperação do cenário econômico do país”, disse Galdi. Os investidores estão de olho em qualquer novidade sobre a reforma da Previdência, que até agora vem animando o mercado, como mostram os seguidos recordes no começo do ano.

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