A ministra da Agricultura, , afirmou na noite da quarta-feira, 10, que está convencida de que as relações comerciais entre o Brasil e os países árabes poderão ser intensificadas. A declaração foi dada durante um promovido pela pasta em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária no Brasil (CNA), a 37 embaixadores árabes, com objetivo de fortalecer a parceria comercial entre o agronegócio brasileiro e o mundo islâmico, informou o ministério em nota.

Participaram do encontro o presidente da República, Jair Bolsonaro, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o anfitrião e presidente da CNA, João Martins.

Em discurso, a ministra explicou que a relação comercial, para ser duradoura e permanente, deve se basear na complementaridade das duas economias envolvidas e, principalmente, na confiança construída entre os países ao longo de mais de um século. “É com base nessa confiança e no dinamismo das trocas já estabelecidas que estou convencida de que essas relações têm tudo para se intensificar muito mais num futuro imediato”, disse.

Na mesma linha, Bolsonaro afirmou que pretende visitar os países árabes em breve. “O nosso governo está de braços abertos a todos, sem exceção”, acrescentou.

também ressaltou que as nações que compõem a Organização para Cooperação Islâmica absorvem 19% das exportações agropecuárias brasileiras. “Em 2018, isso representou uma cifra de nada menos que US$ 16 bilhões. Neste montante, estão compreendidos 58% de nossas vendas de açúcar, 37% das carnes de frango e 23% das carnes bovinas. Números assim não são frutos do acaso”, afirmou.

Ainda de acordo com a ministra, o Brasil segue os princípios do mercado islâmico na expansão do agronegócio, bem como as exigências dos consumidores árabes, que conhecem e aprovam os produtos brasileiros. “O Brasil se orgulha de ser hoje um dos maiores exportadores de proteína halal do mundo”, ressaltou.

Dados da CNA indicam que o agronegócio representa 73% das exportações brasileiras para o os países islâmicos e apenas 8% das importações de produtos daqueles países ao Brasil.

Entre os anos de 2017 e 2018, houve aumento de 94% nas exportações de bovinos vivos, para US$ 533,9 milhões, e de 39,6% nas exportações de soja em grãos, para US$ 1,578 bilhão. Ainda assim, o açúcar de cana bruto é o maior gerador de de exportação para o mundo islâmico, com US$ 3,788 bilhões obtidos no ano passado.