Sabia que estamos no Janeiro Roxo? Mês de conscientização para a prevenção de Hanseníase

O primeiro mês do ano também é marcado por ações de prevenção, combate e conscientização da Hanseníase, doença popularmente conhecida como lepra, e que carrega consigo uma carga histórica de preconceito há séculos. Apesar do preconceito, o tratamento da doença, infectocontagiosa, pode ser feito gratuitamente em todo o país, e o contágio depende de um […]

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(Foto: Divulgação/SBD)
(Foto: Divulgação/SBD)

O primeiro mês do ano também é marcado por ações de prevenção, combate e conscientização da Hanseníase, doença popularmente conhecida como lepra, e que carrega consigo uma carga histórica de preconceito há séculos.

Apesar do preconceito, o tratamento da doença, infectocontagiosa, pode ser feito gratuitamente em todo o país, e o contágio depende de um convívio íntimo e continuo com um paciente multibacilar, que já esteja em um estado avançado da enfermidade. Além disso, a transmissão também depende de um pré-disposição genética para desenvolver a doença.

“Interrompemos a transmissão do bacilo (Mycobacterium leprae) após 15 dias do ínicio do tratamento. Precisamos conscientizar a população de que buscar auxílio médico aos primeiros sintomas é sempre a melhor opção, pois evitamos que a doença se propague e proporcionamos uma cura sem que haja sequelas”, explica o médico dermatologista Alexandre Moretti, presidente da SDB-MS (Sociedade Brasileira de Dermatologia de Mato Grosso do Sul).

Por meio de sua assessoria, Moretti pontua que é preciso procurar atendimento adequado diante do surgimento de sintomas da doença, como manchas despigmentadas (com pouca coloração) e que apresentam perda de sensibilidade ao calor, frio, à dor e ao tato.

Além disso, áreas com essas manchas podem apresentar sensação de formigamento, fisgadas e dormência. Já as lesões, também sintomas da doença, podem surgir em qualquer parte do corpo, porém é mais comum na face, nádegas, braços e pernas e, sem tratamento, podem se tornar irreversíveis, causando destruição óssea, lesões nervosas e úlceras.

A SDB-MS frisa ainda que para diagnosticar a doença, além da avaliação clínica, o paciente precisa se submeter à exames dermato-neurológicos, biopsias com exames anatomopatológico e pesquisa do bacilo álcool ácido resistentes na linfa.

No Brasil, o tratamento recomendando pelo Ministério da Saúde é a poliquimioterapia, que tem duração em média de 6 meses a 1 ano, mas em casos mais avançados podem chegar a dois anos. O presidente da SBD-MS destaca que uma eventual interrupção deste tratamento pode ser bastante nocivo, uma vez que existe possibilidade do bacilo causador da enfermidade torna-se resistente ao tratamento demandando, o que poderia prolongar a exposição à medicação e o sofrimento do paciente.

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