O ministro da Justiça e , afirmou nesta segunda-feira, 13, que não estabeleceu nenhuma condição para fazer parte do governo de Jair Bolsonaro. O ministro afirmou que se sentia “honrado” por ter seu nome lembrado pelo presidente que afirmou neste domingo, 12, em entrevista à Rádio Bandeirantes, que espera “cumprir o compromisso” de indicar Moro para uma vaga no Supremo Tribunal Federal.

Em Curitiba, onde participa do Congresso Nacional Sobre Macrocriminalidade e Combate à Corrupção, o ministro falou no painel “O crime organizado e a corrupção no Brasil” ao lado do desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, João Pedro Gebran Neto, relator da Operação Lava Jato na Corte.

O evento foi organizado pela Escola da Magistratura Federal do Paraná (Esmafe-PR) e a Associação Paranaense dos Juízes Federais (Apajufe) e acontece na Positivo.

“Ele (Bolsonaro) foi eleito, fez o convite, fui até a casa dele no Rio de Janeiro. Nós conversamos e nós, mais uma vez publicamente, eu não estabeleci nenhuma condição. Não vou receber convite para ser ministro e estabelecer condições sobre circunstâncias do futuro que não se pode controlar”, afirmou o ex-juiz da Lava Jato na palestra em Curitiba.

Ele disse, ainda, que “se sentia honrado por ter tido seu nome lembrado”. Durante a entrevista à Band neste domingo, 12, Bolsonaro afirmou que “uma pessoa da qualificação do Moro se realizaria dentro do STF” e que o atual ministro seria “grande aliado da sociedade brasileira dentro do STF”.

A primeira cadeira a ficar vaga na Corte máxima deverá surgir em novembro de 2020, quando o decano Celso de Mello se aposenta pela compulsória, aos 75 anos de idade.

“Quando surgir a vaga isso vai ser discutido, antes não”, declarou Moro nesta segunda. “Como disse, eu fico extremamente honrado com a posição do presidente, claro, fui magistrado 22 anos, todo magistrado tem o sonho de compor o Supremo Tribunal Federal, mas isso não é algo com o que eu me preocupo no momento No fundo o que nós fazemos agora é nos focar no trabalho do Ministério da Justiça e Segurança Pública”, afirmou.

O ministro reiterou que, no encontro com Bolsonaro, logo após a eleição, disse ao então recém-eleito presidente. “O que eu levei ao presidente foi: ‘presidente, eu quero trabalhar contra a corrupção, crime organizado e crime violento. Esse tem que ser o foco do Ministério da Justiça e Segurança Pública. E houve uma convergência de pautas.”