Em meio a recentes insinuações do presidente Jair Bolsonaro de que poderia trocar o diretor-geral da (PF), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, quebrou o silêncio e afirmou que Maurício Valeixo, atual diretor-geral da PF, vai permanecer no cargo e que tem a sua confiança. No entanto, disse que “as coisas eventualmente podem mudar”. O ministro também afirmou que não é o “chefe da PF”.

Em entrevista para a Globonews, Moro foi perguntado se poderia sair do governo caso Valeixo fosse exonerado e respondeu que isso é uma questão “especulativa” e que, portanto, não cabe a ele responder.

Bolsonaro havia afirmado que “quem manda” é ele a respeito de trocas nos comandos da PF, ao comentar que “ficou sabendo” de que quem assumirá a chefia da Polícia Federal no Rio de Janeiro será o chefe da Polícia Federal no Amazonas, Alexandre Silva Saraiva. A afirmação veio um dia depois de a PF divulgar que o superintendente da corporação em Pernambuco, Carlos Henrique Oliveira Sousa, é quem substituiria o chefe da PF no Rio, Ricardo Saadi.

“O que eu fiquei sabendo… Se ele resolver mudar, vai ter que falar comigo. Quem manda sou eu… deixar bem claro”, afirmou Bolsonaro. “Eu dou liberdade para os ministros todos. Mas quem manda sou eu”, reforçou. “Está pré-acertado que seria lá o de Manaus”, afirmou, sem esclarecer a quem se referia.

Moro não quis comentar a decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que nesta terça-feira, 27, anulou a condenação dada por ele quando era juiz federal em Curitiba, no âmbito da Operação Lava Jato, ao ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil, Aldemir Bendine. Moro afirmou que, enquanto ministro, não cabe a ele fazer comentários a respeito de uma decisão do STF.