Pular para o conteúdo
Brasil

Livros didáticos devem revisar referências à ditadura, diz ministro

O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, disse que haverá mudanças em livros didáticos para revisar a maneira como são retratados nas escolas o golpe de Estado que retirou o presidente João Goulart do poder, em 1964, e o regime militar que o seguiu. A declaração ocorreu em uma entrevista do ministro ao jornal Valor […]
Arquivo -

O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, disse que haverá mudanças em livros didáticos para revisar a maneira como são retratados nas escolas o golpe de Estado que retirou o presidente João Goulart do poder, em 1964, e o regime militar que o seguiu. A declaração ocorreu em uma entrevista do ministro ao jornal Valor Econômico, publicada nesta quarta-feira, 3.

Segundo o jornal, Vélez diz acreditar que a mudança de regime, há 55 anos, não foi um golpe, e sim uma “mudança de tipo institucional”. Além disso, teria dito que o período que seguiu a posse do general Castello Branco não seria ditadura, e sim um “regime democrático de força”. A tese é refutada por historiadores que estudaram o período.

Vélez disse, segundo o Valor, que as mudanças em livros didáticos seriam “progressivas”, e devem ocorrer “na medida em que seja resgatada uma versão mais ampla da história”. Ele ainda teria dito que o papel do Ministério da Educação (MEC) é “regular a distribuição do livro didático e preparar o livro didático de tal forma que as crianças possam ter a ideia verídica, real, do que foi a sua história”.

Contatado para comentar as declarações do ministro, o MEC não respondeu à reportagem. A notícia repercutiu mal entre representantes de editoras e autores de livros didáticos.

O presidente da Associação Brasileira dos Autores de Livros Educativos (Abrale), Cândido Grangeiro, ressaltou que todos e qualquer livro didático deve, por regra, ser baseado em ampla consulta acadêmica, e não por opiniões.

“O que sempre deve nos guiar é o rigor acadêmico na produção dos materiais didáticos, para que os alunos tenham acesso a conteúdo pautado em pesquisa”, disse Grangeiro. “A Abrali é contra qualquer tipo de revisionismo que seja baseado em opiniões.”

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Voo para os EUA tem alarme falso de bomba após mensagem de ‘descanse em paz’ em celular

Peixe BR: tarifa de 50% dos EUA atinge diretamente o setor e é preciso restabelecer diálogo

Trump ameaça tarifas de até 100% contra a Rússia, em 50 dias, se não houver acordo sobre a Ucrânia

Na França, prisioneiro foge da cadeia escondido em bolsa de roupas sujas de outro detento

Notícias mais lidas agora

mpms segurança mp

Gastos do MPMS superam R$ 330 milhões nos primeiros 6 meses de 2025

VÍDEO: Madrinha homenageia Sophie no dia em que bebê completaria 1 ano de vida

Motorista que morreu em acidente na BR-163 era advogado de 27 anos

MEC publica portaria que regulamenta as novas regras do EaD

Últimas Notícias

Política

PT avança conversas com Simone Tebet e Fábio Trad para fortalecer palanque de Lula em MS

Prioridade número um do Partido dos Trabalhadores é reeleger o presidente Lula

Polícia

VÍDEO: Madrinha homenageia Sophie no dia em que bebê completaria 1 ano de vida

Sophie e a mãe, Vanessa Eugênia, foram mortas carbonizadas por João Augusto de Almeida — pai da bebê e esposo da jovem

Transparência

Uma semana após HC negado, Claudinho Serra tenta recurso para deixar prisão

Defesa do político tenta reformar decisão que manteve Serra preso por corrupção

Cotidiano

Comércio de MS deve lucrar em torno de R$ 300 milhões no Dia dos Pais

Pesquisa de intenção de consumo revela interesse dos consumidores