O governo pretende abrir diálogo com 22 partidos que representam 372 parlamentares na Câmara dos Deputados. São exatamente as legendas que não se declararam claramente de oposição. Para o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), esse é o potencial de alcance de uma base de apoio do governo na Casa.

“Oito [partidos] são claramente de oposição, que somam total de 141 deputados. Os outros 372, de 22 partidos, temos que ver só aquela aglutinação que houve por causa da janela, em função do não cumprimento da cláusula de desempenho, [mas] a partir daí, todos podem ser potencialmente da base”, afirmou o deputado hoje (1º), no Palácio do Planalto, no momento em que chegava para uma reunião com o ministro-chefe da , Onyx Lorenzoni, e os demais líderes governistas no Legislativo: a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), líder no Congresso, e o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder no Senado.

O governo corre para buscar apoio para votações importantes no Legislativo, principalmente a reforma da Previdência, que depende de ampla maioria, já que o quórum exigido para aprovação da matéria, que é uma emenda constitucional, é de 308 votos em dois turnos de votação.

“Houve um momento em que a imprensa e alguns analistas divulgaram como se houvesse uma intenção do governo Bolsonaro de não dialogar com os partidos, mas sim a frentes temáticas. Isso não é verdade, nunca foi uma intenção do governo. Sempre houve a intenção de trabalhar e articular dentro do Congresso com os partidos e mais uma vez vai ficar claro isso”, acrescentou Major Vitor Hugo. Segundo ele, na próxima quinta-feira (4), o presidente Jair Bolsonaro receberá cerca de cinco líderes de partidos para tratar da reforma da Previdência na Câmara.