Após roubo de ouro, Brink’s suspende transporte em aeroportos brasileiros

A Brink’s, empresa de transporte de valores, responsável pela entrega dos 718,9 quilos de ouro até o aeroporto Internacional de Guarulhos, de onde foram roubados, anunciou que vai suspender as operações para esse tipo de serviço em alguns terminais do País. A empresa alega “níveis crescentes das atividades criminosas e as restrições operacionais”. Questionada, a […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Wilson Dias/Agência Brasil
Wilson Dias/Agência Brasil

A Brink’s, empresa de transporte de valores, responsável pela entrega dos 718,9 quilos de ouro até o aeroporto Internacional de Guarulhos, de onde foram roubados, anunciou que vai suspender as operações para esse tipo de serviço em alguns terminais do País. A empresa alega “níveis crescentes das atividades criminosas e as restrições operacionais”.

Questionada, a empresa não informou quais operações serão suspensas e quais aeroportos deixarão de ser atendidos. Parte do ouro pertencia à minerador Kinross, que diz esperar que o valor da carga levada seja coberto pela seguradora da transportadora contratada

Segundo a transportadora, alguns aeroportos brasileiros não dão a empresa “liberdade de colocar em prática a plenitude de seus procedimentos operacionais e de segurança”. Como exemplo, a empresa disse que, em alguns terminais, há restrição para o emprego de vigilância armada ostensiva.

“Essa decisão tem como objetivo preservar a segurança dos valores transportados, a segurança de todas as pessoas envolvidas na atividade e a viabilidade da operação”, diz.

Em algumas regiões do País, a Brink’s é a única autorizada a transportar moeda estrangeira, pedras preciosas e ouro, o que pode ser prejudicado com a decisão de suspensão.

“A empresa entende o transtorno que essa medida pode causar para as atividades de seus clientes e salienta seu incansável exercício de interlocução com todas as autoridades aeroportuárias, na busca da autorização para o pleno exercício de suas atividades, com uso dos procedimentos de segurança adequados, em todas as etapas que ocorrem dentro dos aeroportos”, disse a transportadora.

O jornal O Estado de S. Paulo questionou o Ministério da Infraestrutura e a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) sobre as limitações impostas aos procedimentos de segurança das transportadoras e se estuda alguma mudança nos protocolos atuais, mas até as 15h30 não houve resposta.

Conteúdos relacionados