Por apologia à tortura no WhatsApp, colégio não renova matrícula de alunos
IstoÉ O Colégio Antonio Vieira, na Bahia, decidiu não renovar a matrícula de alunos que faziam parte de um grupo de WhatsApp, intitulado “Direita delirante”, onde trocavam mensagens de ódio contra índios e mulheres. Um deles sugeria “enviar bandidos para reservas indígenas. Aí eles se matam e matam os índios também”. Outro chegou a dizer […]
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O Colégio Antonio Vieira, na Bahia, decidiu não renovar a matrícula de alunos que faziam parte de um grupo de WhatsApp, intitulado “Direita delirante”, onde trocavam mensagens de ódio contra índios e mulheres.
Um deles sugeria “enviar bandidos para reservas indígenas. Aí eles se matam e matam os índios também”. Outro chegou a dizer que “índio é inútil e só serve para ter feriado”. “Eu tenho vontade de dar uma paulada na cabeça dela”, afirmou um terceiro, sobre uma mulher conhecida do grupo. Em outra mensagem, um estudante defende que pessoas devem ser torturadas: “Tortura essas p*** dando 5 facadas logo”. As informações são do O Globo.
Um professor que fazia parte do mesmo grupo no aplicativo saiu do colégio. A decisão da instituição foi rebatida por pais de estudantes.
“Firmados numa ética do cuidado para com todos os envolvidos, entendemos que as decisões tomadas referem-se exclusivamente ao âmbito interno da nossa instituição. Desejamos que este caso, que feriu profundamente os princípios e valores da nossa comunidade educativa, sirva para a reflexão de todos sobre a importância do engajamento coletivo na promoção de uma cultura de paz e de respeito para com os demais”, informou a instituição em nota.
Ainda segundo o O Globo, um grupo de pais e ex-alunos da instituição elaboraram uma carta pública demonstrando repúdio à posição adotada pelo colégio. Para eles, a pena foi desproporcional: “Esses adolescentes, obviamente, não tinham noção da dimensão do que diziam, “blefes” de adolescência, uma forma de autoafirmação típica da idade, exatamente, para chamar atenção, chocar, posar “do contra” dentro de um grupo de colegas, os quais não chegaram nem perto de sequer levar essa ameaça a um nível mais sério. Quem não fez o mesmo na adolescência, que atire a primeira pedra. Sendo a sorte dos adolescentes daquela época, justamente, a inexistência de redes sociais, em especial, WhatsApp”, declarou o grupo.
Após os comunicados, nem a direção da escolas e nem o grupo de pais quiseram se posicionar mais publicamente.
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