Polícia investiga site que prega sexo com cadáveres e morte a negros

 Incitando o ódio contra estudantes da Unicarioca

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 Incitando o ódio contra estudantes da Unicarioca

A Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) do Rio de Janeiro abriu um inquérito para investigar um site que tem publicado mensagens e imagens ofensivas, incitando o ódio contra estudantes da Unicarioca, centro de ensino supeior do estado. Chamado de “Rio de Nojeira”, o blog faz ataques a negros, mulheres, gordos e lgbts, postando, inclusive, fotos dos estudantes e links para as redes sociais das vítimas. Polícia investiga site que prega sexo com cadáveres e morte a negros

Em uma postagem, o autor, que ainda não foi identificado pelas autoridades, oferece a recompensa de R$ 15 mil a quem matar uma travesti. Apesar do caso já ter sido levado à Polícia Civil,  o link continua ativo na internet. A corporação confirma a existência da investigação, mas afirma que o processo corre em segredo de Justiça, o que impede que detalhes sobre o caso sejam divulgados.

Um dos posts deixa claro a intenção do autor de passar no concurso público para o Instituto de Medicina Legal (IML) do estado do Rio, com a única e exclusiva intenção de praticar sexo com os cadáveres de jovens que chegam ao local. Com títulos “Concurso do IML: a melhor maneira do homem branco satisfazer seus impulsos sexuais”, o autor narra que se nega a fazer sexo com as universitárias em vida, porque, assim, inflaria o ego das jovens. Outros posts foram feitos com o título “Por que devemos estuprar lésbicas nos dias atuais? Como aplicar a cura gay em lésbicas” e “Mulher cadeirante: sexo fácil ambulante”. O blog é alimentado quase diariamente, sempre com postagens agressivamente ofensivas. A mais recente, publicada na segunda-feira (22/01), é sobre como preparar ácido para jogar em “vadias feministas”.  

No último 20 de janeiro, o autor do blog postou um texto desafiando as autoridades. Ele afirma já ter pago 10 anos de servidor para o site e agendado mais de 50 artigos para serem postados automaticamente, em datas e horários já definidos por ele mesmo. “Mesmo que eu morra,  o site vai continuar mandando a real. Esqueçam, negros cotistas, vadias feministas etc. Vocês perderam dessa vez. Eu trabalho com computação há mais de 15 anos. Vai ter liberdade de expressão sim” [sic].

 

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