Petrobras diz que parada em plataforma será compensada por importação de gás

A Petrobras afirmou nesta terça (31) que planejou a importação de gás natural para compensar a queda na produção nacional com a parada na plataforma de Mexilhão, na Bacia de Santos, que preocupa o governo. A companhia diz ainda que a unidade só responde por 10% da oferta nacional. A questão foi discutida em encontro […]

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A Petrobras afirmou nesta terça (31) que planejou a importação de gás natural para compensar a queda na produção nacional com a parada na plataforma de Mexilhão, na Bacia de Santos, que preocupa o governo. A companhia diz ainda que a unidade só responde por 10% da oferta nacional.

A questão foi discutida em encontro na segunda (30) entre o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, e o presidente da Petrobras, Ivan Monteiro. Antes da reunião, o ministro disse que faria um apelo à estatal para adiar a manutenção na plataforma.

A avaliação do governo é que as obras não deveriam ser realizadas no período seco, diante do risco de que a redução da oferta de gás possa levar ao acionamento de térmicas mais caras e poluentes, com impacto no preço da energia.

De acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), a plataforma de Mexilhão produziu em maio 5,5 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, o equivalente a quase 10% do volume da produção nacional que chegou ao mercado naquele mês.

A Petrobras alega, porém, que a manutenção na unidade está sendo planejada desde 2014 e já mobiliza cerca de 500 pessoas. As obras terão investimentos de cerca de R$ 1 bilhão e, segundo a empresa, atendem a exigências legais de segurança do Ministério do Trabalho.

A estatal informou ainda que, durante as obras, a plataforma será adaptada para receber mais gás do pré-sal. Além de escoar o gás do campo de Mexilhão, a unidade recebe gás de outros campos do pré-sal e reenvia à unidade de tratamento de Caraguatatuba, no litoral paulista.

A Petrobras planejou também parada programada em térmicas durante o período das obras na plataforma, que durarão 45 dias, o que aumenta as preocupações do governo. O tema será discutido novamente em reunião do CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) nesta quarta (1).

“Para compensar a parada em Mexilhão, o planejamento realizado pela Petrobras envolveu aumento na oferta nacional de gás natural por meio da importação de gás natural liquefeito”, disse a empresa, em nota.

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