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Candidato a vice-presidente pela chapa do PSL encabeçada pro Jair Bolsonaro, o general da reserva Hamilton Mourão tem cada vez mais ganhado protagonismo na corrida presidencial. Um dia após Bolsonaro desautorizar as declarações de Mourão como a defesa de um possível “autogolpe”, o general da reserva minimizou o episódio.

Mourão afirma que Bolsonaro “caiu em uma emboscada”, porque quando ele se referiu ao ‘autogolpe’ em uma entrevista a GloboNews,  o cabeça da chapa estava hospitalizado e não acompanhou direito a repercussão.

Questionado pela jornalista Andréa Sadi sobre o fato de sua declaração ter sido amplamente compartilhada entre os apoiadores de Bolsonaro na época, Mourão disse que não defende um autogolpe, mas admitiu que é um crítico da Constituição.

“A nossa abrange muita coisa. Defendo uma de princípios e valores, mas é minha opinião pessoal, tenho minha personalidade. E já fiz mea culpa das minhas escorregadas. Não sou político, aí eu falo o que penso”, afirmou em entrevista a jornalista a GloboNews e do G1.

Bolsonaro, por sua vez, reafirmou que pretende respeitar a Constituição caso venha a ser eleito presidente. “Falei para ele proceder com sua visão. Tenho minhas críticas. Agora, o presidente, como ele disse, é ele. Só não sou um vice anencéfalo. Tenho minhas opiniões”, disse Mourão.

Mourão também minimizou o fato de Bolsonaro ter errado seu nome duas vezes em entrevista ao Jornal Nacional. “Foi um ato falho. Mas falei para ele: ‘Vê se acerta nossos nomes! Eu sou o Hamilton, o Heleno é o Augusto”, contemporizou.

Por fim, o general da reserva disse que confia na vitória no segundo turno, mas colocou novamente em dúvida o processo eleitoral já que “tirando a teoria da conspiração de fraude, não tem como a gente não ganhar”, afirmou.