Marun vê ‘patriotismo’ em nomeação de general como ministro da Defesa
Assumiu de forma interina o Ministério da Defesa
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Assumiu de forma interina o Ministério da Defesa
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, divulgou vídeo nesta sexta-feira (2) no qual elogiou o “patriotismo” do general Joaquim Silva e Luna, que assumiu de forma interina o Ministério da Defesa.
Segundo Marun, o militar vai “contribuir” na “guerra ao banditismo”, que se tornou umas das prioridades do governo do presidente Michel Temer.
“O Brasil decidiu declarar guerra ao banditismo. Essa é hoje uma prioridade do nosso governo, e o general Luna, com a sua competência e o seu patriotismo, certamente tem muito a contribuir com isso”, disse Marun no vídeo.
General da reserva, Silva e Luna é o primeiro militar a comandar o Ministério da Defesa desde a criação da pasta, em 1999. Ele assumiu o posto de forma interina em razão da transferência de Raul Jungmann da Defesa para o recém-criado Ministério Extraordinário da Segurança Pública.
A nomeação de um general para comandar a Defesa agradou às Forças Armadas, mas também motivou críticas ao presidente Michel Temer, entre as quais do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Desde 1999, quando foi criado no governo FHC, o ministério era comandado por um civil. Segundo informou o blog de Andréia Sadi, Temer já busca um civil para ocupar o posto. Nesta sexta, Temer se encontrou com Fernando Henrique em São Paulo.
No vídeo, Marun, que responde pela articulação política do Palácio do Planalto, declarou que Temer e o governo “reafirmam” a “confiança” no trabalho do general e destacou a competência do militar.
“O presidente Temer e o governo brasileiro reafirmam de forma categórica, de forma peremptória, a sua certeza e a sua confiança na capacidade, no patriotismo, na competência e no brilhantismo do general Luna nesse momento especial em que ele exerce a função de ministro da Defesa”, afirmou.
Militares e segurança pública
Militares das Forças Armadas têm atuado em estados que passam por crises na segurança pública. Um dos casos é o Rio de Janeiro, onde participam de operações desde julho de 2017. O emprego das Forças Armadas é viabilizado por meio de decretos de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
Desde meados de fevereiro a segurança pública passou a ocupar espaço prioritário na agenda do governo federal. Na quinta (1º), Temer reuniu governadores para uma reunião, na qual ofereceu R$ 42 bilhões em financiamento, pelos próximos cinco anos, para investimentos em segurança nos estados.
Há duas semanas, Temer decretou intervenção federal na área de segurança no estado do Rio e escolheu como interventor o general do Exército Walter Souza Braga Netto. O militar responde pelas forças de seguranças estaduais, o que inclui polícias Civis e Militar, Corpo de Bombeiros e o sistema penitenciário fluminense.
Em pronunciamento após assinar o decreto de intervenção, Temer comparou o avanço do crime organizado no Rio a uma “metástase que se espalha pelo país”. Ele afirmou que o governo dará “respostas duras” para encarar os criminosos.
“Tomo esta medida extrema porque as circunstâncias assim exigem. O governo dará respostas duras, firmes e adotará todas as providências necessárias para enfrentar e derrotar o crime organizado e as quadrilhas”, disse Temer na ocasião.
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