Maior penitenciária de Roraima tem fuga em massa e Força Nacional é investigada

92 detentos escaparam da Penitenciária Monte Cristo

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92 detentos escaparam da Penitenciária Monte Cristo

BOA VISTA – Um ano após a morte de 33 presos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), o sistema prisional de Roraima registrou no local a maior fuga em massa de sua história. Os 92 detentos, incluindo a cúpula do crime organizado no Estado, saíram por um túnel e contaram com a ajuda de criminosos que cortaram a energia na região.

Até a noite deste domingo, o governo do Estado informava que apenas 16 detentos haviam sido recapturados, sem dar detalhes. A fuga ocorreu na madrugada de sexta-feira e só em uma contagem neste sábado, 20, foi possível determinar quem fugiu. No Estado, os principais líderes do crime organizado têm ligação com a facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC).

O túnel por onde os criminosos escaparam está localizado a 50 metros de distância de onde deveria haver uma guarnição da Força Nacional. A tropa federal está responsável pelo policiamento ostensivo da área externa do presídio. 

Por causa da falha na segurança, uma investigação foi aberta pela Polícia Civil de Roraima para apurar a responsabilidade desse efetivo – que deveria estar no local no momento da fuga e dar o alarme. “Vamos apurar a responsabilidade de todos os envolvidos nessa fuga, seja por ação ou omissão e encaminhar para a Justiça”, disse a delegada-geral da Polícia Civil, Edneia Chagas.

A Força Nacional em Roraima não se pronunciou sobre o caso. Em dezembro, o governo de Roraima já havia solicitado ao Ministério da Justiça a substituição dos agentes da Força Nacional por homens do Grupo de Intervenção Penitenciário, para que eles pudessem reforçar a atuação também dentro do presídio e não apenas no perímetro externo, como é feito atualmente. “Sem querer desmerecer a Força Nacional, ou mostrar ingratidão ao Ministério da Justiça, mas com essas restrições a Força Nacional não nos serve”, afirmou o secretário da Sejuc, Ronan Marinho. 

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Venezuela.

Para intensificar a busca pelos criminosos, o comando da Polícia Militar no Estado convocou todo o efetivo de folga. Segundo o comando, esse tipo de convocação, que seria comum em casos assim, tem como objetivo melhorar o policiamento e impedir ações criminosas. “Se atirarem contra a polícia vão tomar tiro. Bandido em Roraima não cria nome”, disse o comandante Edison Prola.

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