Fórum discute assuntos relacionados à água

O 8º Fórum Mundial da Água, que ocorre em Brasília desde o início da semana, deve chegar a cerca de 105 mil participantes até amanhã (23), quando termina o fórum. Segundo os organizadores, até às 14h de hoje (22), o evento já recebeu 85 mil pessoas de 172 países diferentes

Dos participantes do Fórum, 74,5 mil pessoas visitaram a Vila Cidadã e a Feira e 10,5 mil são congressistas que participaram das mais de 300 sessões temáticas do Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Desses, 6,9 mil são brasileiros e 3,5 mil estrangeiros.

O presidente do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga, disse que a organização foi surpreendida com o número de participantes, já que a expectativa era de cerca de 40 mil pessoas. “Isso mostra que o tema da água está se tornando um tema importante não só para os técnicos que trabalham nessa área mas também para o cidadão comum e para os políticos”, disse.

A abertura do evento contou com a presença de 12 chefes de estado e governo, além de representantes de organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas e suas agências, a União Europeia, o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento, entre outros.

O Fórum também contou com a presença de 56 ministros e 14 vice-ministros de 56 países, 134 parlamentares de 20 nações diferentes, além de autoridades locais como prefeitos e governadores. Outra inovação citada foi a participação do Poder judiciário, com a presença de 83 juízes, promotores e especialistas de 57 países.

Fórum da Água espera chegar a mais de 100 mil participantes até o fim do evento

Declarações

Como resultado do Fórum, serão produzidas cinco declarações: de ministros, de parlamentares, de autoridades locais e dos juízes e promotores, além de uma declaração de sustentabilidade, que vai indicar compromissos que os países devem ter em relação à boa gestão da água.

Segundo Braga, os documentos serão distribuídos para incentivar o bom uso da água e a segurança hídrica. “Nenhuma dessas declarações são vinculantes, não há obrigações, mas há um comprometimento de ter uma boa gestão da água nos seus respectivos países”, explicou, lembrando que é preciso de motivação da classe política para que a implementação desses documentos possa acontecer.