Formatura de PMs ganha ares comício do candidato do PSL

A presença de Bolsonaro em um sambódromo cheio de policiais e familiares acabou atrapalhando a programação. No momento em que parentes foram autorizados a entrar na passarela para cumprimentar os policiais formandos, Bolsonaro foi cercado por admiradores gritando “mito” e “presidente”. Questionado sobre a presença em mais um evento voltado a um nicho em que […]

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A presença de Bolsonaro em um sambódromo cheio de policiais e familiares acabou atrapalhando a programação. No momento em que parentes foram autorizados a entrar na passarela para cumprimentar os policiais formandos, Bolsonaro foi cercado por admiradores gritando “mito” e “presidente”.

Questionado sobre a presença em mais um evento voltado a um nicho em que já é aceito, Bolsonaro afirmou ser “bem recebido em qualquer lugar”.

Ele ficou ao menos 20 minutos na passarela, fazendo selfies com fãs. Havia muitas crianças vestidas de militares no local e o capitão atendeu a todos pedidos de fotos com elas.

Uma das poses mais repetidas tanto pelo deputado quanto pela criançada era o gesto com o indicador, simulando um revólver, enquanto os pais assistiam orgulhosos e registravam a cena com celulares.

Após o evento, Bolsonaro saiu sem responder aos questionamentos dos repórteres sobre o hábito de simular uma arma nas fotos com crianças.

O deputado federal Major Olímpio (PSL), candidato a senador pelo partido de Bolsonaro, defendeu a atitude. “Acabou sendo uma brincadeira dele, virou uma brincadeira das crianças”, disse, negando que isso afete as crianças. “Por que mau exemplo? Eu era criança e brincava de bandido e mocinho. Hoje, as crianças estão brincando de bandido e bandido”.

O governador Márcio França (PSB), aliado de Geraldo Alckmin (PSDB), evitou criticar Bolsonaro. Ele tem acenado com um discurso favorável aos militares.

“Ele [Bolsonaro] é um militar. Quando ele vai nas solenidades militares, as pessoas gostam dele. Também é direito das pessoas se manifestarem”, disse, acrescentando que Bolsonaro não fez pronunciamento público.

França defendeu o direito dos militares participarem do processo eleitoral, mas afirmou que o ideal é que as crianças não tenham estímulos em relação a armas.

“Mas você percebe que há uma paixão do filho para o pai, do neto para o avô, enfim. Eles criam isso desde raiz. A gente tem que tirar isso com jeito”, disse o governador.

 

 

 

 

 

 

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