Governo quer a aprovação da reforma e busca estratégias para os votos

O presidente se reuniu neste sábado (18) no com o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), informou a Secretaria de Comunicação da Presidência da República.

De acordo com nota oficial, o objetivo do encontro foi discutir tramitação da reforma da Previdência e a pauta da Câmara na próxima semana.

Na tarde deste domingo (19), Temer deverá receber ministros e parlamentares aliados. A pauta do encontro deverá se concentrar nas estratégias para reorganizar a base governista na Câmara, a fim de se obter os votos necessários para a aprovação da reforma da Previdência. Por se tratar de uma proposta de emenda constitucional (PEC), são necessários para a aprovação os votos de pelo menos 308 dos 513 deputados.

Uma das estratégias para se alcançar esse objetivo é uma reforma ministerial que acomode representantes do chamado “” (bloco de deputados parlamentares de partidos conservadores) no lugar de ministros do PSDB, cuja bancada tem votado dividida nas questões de interesse do governo. Bruno Araújo (PSDB-PE) já deixou o comando do Ministério das Cidades.

Enviada no ano passado ao Congresso, a reforma patina na Câmara dos Deputados. No entanto, o governo retomou as negociações e espera aprovar a proposta até meados de dezembro.Temer se reúne com Maia para discutir tramitação da reforma da Previdência

Rodrigo Maia já disse apoiar a reforma da Previdência, mas insiste que o governo deve reorganizar a base para ter votos para aprovar a matéria, porque, segundo disse, os deputados estão “machucados”.

O presidente da Câmara chegou a oferecer um café da manhã para que Temer e a equipe econômica convencessem líderes da importância da reforma.

Após esse encontro, o relator da proposta, deputado Arthur Maia (PPS-BA), retomou o trabalho em cima do texto, a fim de apresentar uma nova proposta mais enxuta, somente com pontos capazes de obter consenso entre as legendas.

A equipe econômica admite uma reforma desidradata em relação à proposta original, mas não abre mão de alguns itens da reforma, como idade mínima para aposentadoria e equiparação das regras do setor público com o privado.

Por outro lado, o governo cedeu e deve deixar de fora da reforma pontos como mudanças na aposentadoria rural e no pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC).