Temer cancela agenda e prepara pronunciamento sobre gravação da JBS
Presidente deve falar ainda esta manhã
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Presidente deve falar ainda esta manhã
Depois de anunciar que manteria sua agenda nesta quinta-feira (18), o presidente da República Michel Temer (PMDB) decidiu cancelar todos os seus compromissos, segundo informou a Globo News. De acordo com a informação divulgada, Temer prepara um pronunciamento sobre a notícia-bomba divulgada ontem, pelo jornal O Globo, de que o chefe do Executivo aparece em uma gravação feita pelos donos da JBS endossando a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, que está preso.
Mais cedo, segundo a Agência Brasil divulgou, a informação era de que o presidente já estava no Palácio do Planalto, e teria uma extensa agenda de reuniões com parlamentares do PSDB, PMDB, PP, DEM, PTB, PSD e PSB. Conforme a assessoria presidencial, Temer chegou por volta das 8h, para reunir-se com o coordenador da bancada do estado do Acre, senador Sérgio Petecão (PSD).
Em seguida, ele se encontraria com o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), o senador José Maranhão (PMDB-PB), o líder do PP no Senado, Benedito de Lira (PP-AL), o líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (PSDB-SC), e o vice-líder da bancada do Amapá, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP).
À tarde, Temer tinha agenda com o deputado Simão Sessim (PP-RJ), com o vice-líder do PTB, deputado Wilson Filho (PTB/PB), e o presidente do PTB na Paraíba, Wilson Santiago. Em seguida, estava prevista reunião é com o deputado estadual do Rio de Janeiro Geraldo Pudim (PMDB), a deputada Mara Gabrilli (PSDB/SP), o deputado Fábio Faria (PSD/RN), o deputado Danilo Forte (PSB/CE), o deputado Toninho Pinheiro (PP/MG), o senador Ciro Nogueira (PP/PI) e a deputada Bruna Furlan (PSDB/SP).
Ainda de acordo com a agenda oficial do presidente Temer, no fim da tarde, ele se encontraria com o deputado Alex Canziani Silveira (PTB/PR), o deputado Esperidião Amin (PP/SC), o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM/RJ) e o pastor Silas Malafaia.
Pronunciamento
Toda essa agenda caiu e previsão é de que ainda nesta manhã Temer se pronuncie. Ontem, em nota divulgada após a matéria do jornal do Rio de Janeiro, a Presidência da República informou que o presidente Michel Temer “jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha”.
A nota afirma, ainda, que o presidente “não participou e nem autorizou qualquer movimento com o objetivo de evitar delação ou colaboração com a Justiça pelo ex-parlamentar”. Segundo a Presidência, o encontro com o dono do grupo JBS foi no começo de março, no Palácio do Jaburu. “Não houve, no diálogo, nada que comprometesse a conduta do presidente da República”.
O comunicado diz que Temer “defende ampla e profunda investigação para apurar todas as denúncias veiculadas pela imprensa, com a responsabilização dos eventuais envolvidos em quaisquer ilícitos e que venham a ser comprovados.”
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