Polícia começa a ouvir testemunhas de ataque que matou 9 pessoas em MT

Suspeita é de que capangas tenham cometido o crime

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Suspeita é de que capangas tenham cometido o crime

O Polícia Civil começou a tomar depoimento, neste sábado (22), de testemunhas de um ataque em uma área rural de Colniza, a 1.065 km de Cuiabá, que vitimou nome pessoas na última quarta-feira (19). O crime seria motivado por disputa de terras na região e foi cometido por um grupo encapuzado. Os depoimentos estão sendo colhidos na Delegacia de Colniza, onde foi montada uma força-tarefa para a investigação do crime.

De acordo com o comandante da Polícia Militar em Colniza, tenente Hélio Alves Cardoso, até o momento as investigações apontam que as vítimas estavam começando um loteamento irregular na região. Todos os homens assassinados foram encontrados dentro de suas casas.

“Tem uma estrada, por onde essa quadrilha deve ter passado, e uns barracos ao longo dela. Eles foram entrando e executando, barraco por barraco, as pessoas que estavam dentro deles”, disse.

Segundo o secretário estadual de Segurança Pública (Sesp-MT), Rogers Jarbas, a dificuldade de acesso ao local do crime, chamada de Taquaruçu do Nort – que fica a mais de 350 km da zona urbana de Colniza – e o mau tempo têm complicado o trabalho dos policiais e dos peritos que se encontram na região.

“O fato ocorreu por volta das 18h de quarta-feira e só chegou ao conhecimento do sistema de segurança pública no período da tarde de quinta-feira, principalmente pela dificuldade em acessar o local. Não há qualquer tipo de comunicação lá via rádio, telefone ou internet. O mau tempo tem atrapalhado bastante, também. Para se ter uma ideia, a equipe levou 8 horas para chegar ao local do crime, isso com a ajuda da comunidade local, com embarcações”, afirmou.

Conforme o secretário, além dos policiais e peritos que já se encontram em Colniza para atuar no caso, uma equipe da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), liderada pelo delegado Marcelo Miranda e composta por três investigadores , um escrivão e três peritos especializado em local de crime já se deslocaram para a região para auxiliar nas investigações.

Perícia

Além das investigações, profissionais da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) estão trabalhando, desde a manhã de hoje, na identificação das vítimas. O trabalho dos peritos está sendo feito em uma base improvisada ainda em Colniza. Ainda não há informações sobre o velório das vítimas.

De acordo com a Polícia Civil, até o momento se sabe que seis das vítimas eram de Colniza e três eram do estado de Rondônia. Entre os assassinados, há um pastor evangélico. Há sinais de tiros e facadas nos corpos, mas um laudo com a causa da morte de cada uma das vítimas deve ser enviado ao delegado que investiga o caso dentro de 10 dias.

Chacina

Inicialmente, ainda na quinta-feira, a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT) tinha informações de que sete pessoas tinham morrido no ataque. O número oficial, de nove mortes, foi confirmado na sexta-feira (21). Um grupo encapuzado invadiu a área e atirou contra as famílias que moram no local.

As vítimas da chacina, segundo o governo, são todas do sexo masculino e não há crianças entre os mortos. A confirmação do número de mortos foi feito após a chegada de forças policiais no local do crime. De acordo com o governo, a suspeita é que os autores do crime sejam capangas de fazendeiros da região.

A área chamada de Taquaruçu do Norte, segundo a Sesp-MT, fica em uma área de conflito agrário e, de acordo com a Sesp-MT, abriga cerca de 100 famílias.

 

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