Mulher é morta pelo ex-marido com espeto de churrasco em MG

Suspeito negou em primeiro momento mas depois admitiu e disse que ‘foi um acidente’

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Suspeito negou em primeiro momento mas depois admitiu e disse que ‘foi um acidente’

Uma mulher de 26 anos, foi assassinada pelo ex-marido com um espeto de churrasco nesta quinta-feira (23) em Poços de Caldas, no sul de Minas Gerais. O suspeito disse ter sido um acidente.

Tuani Pereira Castilho foi encontrada morta dentro de seu quarto pelos filhos do casal, de dois e seis anos. Ao se deparar com a cena, as crianças chamaram uma vizinha que acionou a polícia.

O suspeito, Osmair Pereira Brasil, de 28 anos, foi trabalhar normalmente depois de ter matado a ex-mulher. Ele foi preso ainda na quinta-feira quando saia do emprego. Inicialmente ele negou o crime, mas acabou confessando. Ele diz que não sabia que tinha matao a ex-mulher, pois quando deixou a casa depois de uma disussão, Tuane ainda estava viva.

Osmair contou que foi até a residência para conversar com Tuani sobre uma viagem dos filhos e que no desonrolar da conversar houve uma discussão, acabou levando um tapa no rosto e começaram a brigar.

Durante a briga, ele pegou no pescoço da vítima, que se desequilibrou e acabou caindo sobre o espeto.

“Nisso eu levantei e falei que ia embora que era melhor e ela balançou a cabeça e mexeu o olho. Tinha uma coisa que parecia um espeto, que eu achei que tava por baixo dela, eu tirei e num vi nada. Falei mais uma vez que ia embora e ela balançou a cabeça. Só fui saber do fato hoje cedo”, contou o suspeito.

Segundo a irmã da vítima, que não quis se identificar, o casal se separou justamente há 3 semanas por ter um histórico de brigas e agressões.

Quando questionado sobre episódios anteriores de agressão praticados por ele contra a Tuani ele diz que já foi preso em outras duas ocasiões. Em uma dessas ocasiões houve a expedição de uma medida protetiva, que a própria vítima quebrou, ao reatar com o autor.

 Mariana Negrini/Poços JáForam essas agressões anteriores que levaram Osmair a ser inserido em um grupo de apoio público, no Centro Especializado de Assistência Social (CREAS), com reuniões semanais com psicólogos. O autor deixou de frequentar o grupo por algum tempo e reapareceu na terça-feira, um dia antes do crime. “Eu tinha largado por causa dela, eu mais num ia porque ela dizia que eu estava indo para a gandaia e fazendo anarquia, por sair do serviço e ia direto”, explica.

Sobre as roupas que usava no momento do crime, a presença de sangue nelas e o motivo de tê-las colocado na máquina de lavar, o autor diz que andou pela cidade a noite toda e ao chegar em casa trocou de roupas para ir trabalhar e colocou as roupas para lavar. “Não sei, eu não vi sangue, não vi nada”, diz.

Para a delegada Maria Cecília Gomes Flora a versão do autor tem alguns pontos contraditórios, provavelmente em uma tentativa de desqualificar o crime de feminicídio para lesão corporal.

“Ele não consegue explicar muito bem como o espeto foi parar dentro do quarto e apresenta algumas contradições com relação ao momento do crime”, disse a delegada.

Osmair foi preso em flagrante e encaminhado ao presídion e será qualificado pelo crime de feminicídio, uma modalidade do homicídio com agravantes. Já os filhos do casal foram deixadas com uma irmã da vítima, em um primeiro momento, e já estão sendo acompanhadas pelo Conselho Tutelar.

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