Megaoperação prende 10 delegados e 47 policiais civis em três estados

Mandados contra 136 pessoas

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Mandados contra 136 pessoas

​A terça-feira foi movimentada em Minas Gerais, onde pela manhã cerca de 500 policiais militares e 150 policiais rodoviários participaram de uma megaoperação organizada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual. O objetivo foi cumprir mandados contra 136 pessoas, incluindo dez delegados, 47 policiais civis e sete advogados.

Megaoperação prende 10 delegados e 47 policiais civis em três estados

A ação se concentrou em dez cidades de Minas, além de Cuiabá e Cascavel, no Paraná. Segundo o Gaeco, também foram cumpridos 121 mandados de busca e apreensão e quatro de condução coercitiva, sendo usadas no trabalho duas aeronaves e 150 viaturas.

Entre os delegados presos constam três chefes de departamentos e uma delegada regional. Algumas delegacias de polícia, como as regionais de Uberlândia e Araguari, em Minas, foram objeto de buscas.

Em nota, os promotores do Gaeco informaram que a Operação Fênix, como foi denominada, surgiu a partir de outras três ações anteriores e que são apurados crimes como tráfico de drogas, associação criminosa, obstrução de Justiça, receptação, corrupção passiva, estelionato, prevaricação e falsidade ideológica.

A Polícia Civil de Minas Gerais informou que apoia as investigações, lamenta o ocorrido e “não compactua com desvios de conduta funcional”. Diz ainda ter determinado à Corregedoria que instaure processos administrativos sobre o caso.

Revolta

Os envolvidos foram levados para o 17º Batalhão da Polícia Militar, em Uberlândia. Os advogados não quiseram comentar a situação de seus clientes sob o argumento de que ainda não tiveram acesso ao processo.

Já o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de Minas Gerais divulgou nota de repúdio às prisões, alegando, entre outras coisas, que elas foram feitas “na véspera do recesso forense com o claro objetivo de frustrar a vista dos autos”.

O sindicato argumenta ainda que isso vai contra “convenções internacionais sobre direitos e garantias individuais a que o Brasil se obrigou, por tratado, a observar e fazer cumprir”. 

 

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