Justiça decreta sigilo de investigação do acidente que matou Teori Zavascki

Decisão da 1ª vara Federal de Angra dos Reis

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Decisão da 1ª vara Federal de Angra dos Reis

O juiz Raffaele Felice Pirro, da 1ª Vara Federal de Angra dos Reis, decretou nesta segunda-feira (23) o sigilo das investigações sobre a queda do avião que levava o ministro relator da Lava Jato, Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Federal), e outras quatro pessoas. O acidente foi na quinta-feira (19), em Paraty, no litoral sul do Rio de Janeiro.

A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do Ministério Público Federal do Rio. Testemunhas serão ouvidas nesta terça-feira (23) pela Polícia Federal.

Caixa-preta

O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), ligado à Aeronáutica, disse nesta segunda que a caixa-preta do avião tem danos. A FAB (Força Aérea Brasileira), no entanto, ressaltou que a caixa-preta é dividida em duas partes, e a que contém o gravador de voz é “altamente protegida”.

Ainda de acordo com a FAB, é a parte chamada de “base” – que contém cabos e circuitos que fazem a ligação com os dados armazenados – que foi danificada no contato com a água do mar.

A aeronave caiu no mar quando chegava a Paraty (RJ). Todas as cinco pessoas a bordo morreram. A caixa-preta, que contém o gravador de voz, está em Brasília desde o último sábado (21). Como ficou debaixo da água, o aparelho deve passar, num primeiro momento, por uma espécie de forno, para ser seco.

Depois, o Cenipa começa a fazer a degravação das conversas do piloto durante o voo. A Aeronáutica não informou, até a última atualização desta reportagem, se já identificou algum registro de voz no gravador ou se o contato com a água do mar danificou os registros.

A intenção do Cenipa é tentar descobrir o que o piloto falou com a torre, com outras aeronaves e na cabine. O equipamento pode ser fundamental para esclarecer o que provocou a queda do avião.

Os destroços da aeronave, que foram içados do mar, serão levados para o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Aeroporto Galeão) no Rio de Janeiro, onde vão passar por uma perícia, feita pela Aeronáutica.

O Cenipa vai analisar também o GPS do avião. O aparelho, ao contrário do gravador de voz, não tinha proteção específica. Se tiver sido danificado, poderá ser enviado para os Estados Unidos numa tentativa de resgatar os dados.

 

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