Hyundai e BNDES podem ter de pagar R$ 80 milhões por morte de operário
Funcionário “quarteirizado” morreu enquanto trabalhava em fábrica
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Funcionário “quarteirizado” morreu enquanto trabalhava em fábrica
O MPT (Ministério Público do Trabalho) ingressou com um pedido de indenização de R$ 80 milhões contra a Hyundai, o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) e a construtora Athie Wonrath, pela morte de um trabalhador em um canteiro de obras da montadora em 2015.
O operário Claudinei Coelho trabalhava na instalação de uma estrutura metálica em uma fábrica da Hyundai, em Araraquara, São Paulo, quando caiu de uma altura de aproximadamente dez metros e morreu na queda. Mais de um ano após sua morte, a família de Claudinei ainda não foi indenizada.
O MPT alega que ocorreram ilegalidades que levaram a morte do funcionário, como o descumprimento de normas de segurança do trabalho e a “quarteirização de funcionários”.
Segundo fiscalização do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), haviam irregularidades na fábrica, como uso de ganchos improvisados para manter os trabalhadores suspensos na obra, e a falta de treinamento dos operários envolvidos na construção.
Quarteirização
Para o MTE, também houve “quarteirização”, que ocorre quando uma empresa terceirizada contrata uma outra para realizar seus serviços.
Foi o que ocorreu quando a Hyundai contratou a construtora Athie Wonrath, por R$ 65,7 milhões, para construir a fábrica, que por sua vez terceirizou parte da obra para outra empresa, que por sua vez “quarteirizou” o serviço contratando mais duas empresas menores.
Essas empresas menores, AS Montagens Metálicas e Ademir Xalico de Camargo ME, seriam de fachada segundo o Ministério, e serviam apenas para “fornecer” trabalhadores para a obra.
“O que ficou claro é que havia ali um verdadeiro mercado de mão de obra, algo que não é permitido. A gente ficou chocado quando a própria Athie nos disse que não tinha operários para construir a fábrica. Ela subcontratava tudo”, afirmou o procurador responsável pela ação, Rafael Gomes.
BNDES
O BNDES também integra a ação como corresponsável pelo fato de ter financiado, com R$ 40 milhões, a construção da fábrica da montadora de Araraquara.
Segundo os procuradores, havia uma cláusula no contrato entre o Banco e a Hyundai que previa liquidação antecipada do financiamento caso a montadora não cumprisse normas de segurança do trabalho.
O MPT questionou o BNDES sobre o financiamento a obra, claramente em falta com as normas de segurança, ao que o Banco alegou que não havia descumprimento de nenhuma norma legal, já que a Hyundai não era a responsável pela obra.
(com supervisão de Evelin Cáceres)
Notícias mais lidas agora
- VÍDEO: Honda Civic invade calçada e bate em poste na Avenida Bandeirantes
- Ação contra roubo de cargas prende um no Jardim Aeroporto em Campo Grande
- Lula ficará com dreno na cabeça e na UTI do Sírio Libanês após cirurgia de emergência
- Motociclista bêbada é presa na MS-316 e diz que estava a caminho de entrevista de emprego
Últimas Notícias
Vendas de veículos financiados crescem 12,4% em novembro
No acumulado do ano até novembro, as vendas financiadas de veículos somaram 6,5 milhões de unidades
Assembleia homenageia descendentes italianos de MS
Em dia 3 de janeiro de 1874, 388 italianos embarcaram no navio La Sofia
Lewandowski diz que há consenso sobre PEC da Segurança Pública
Após a reunião, o ministro assegurou que a PEC vai garantir a autonomia dos governadores
Catador de recicláveis morre atropelado por moto em Dourados
O motoentregador sofreu escoriações
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.