Força Nacional vai permanecer por mais 20 dias no Espírito Santo

Juiz determina força policial e multa de R$ 10 mil para liberar portas de batalhões

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Juiz determina força policial e multa de R$ 10 mil para liberar portas de batalhões

A Força Nacional de Segurança Pública vai permanecer por mais 20 dias no Espírito Santo, atuando no policiamento ostensivo na capital, Vitória, e no interior do estado. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (24).

O ministro interino da Justiça e Segurança Pública, José Levi Mello do Amaral Junior, assinou a portaria atendendo ao pedido do governo do estado para que os homens da Força Nacional permanecessem no estado. Se necessário, o prazo de atuação dos agentes pode ser novamente prorrogado.

Além da Força Nacional, as Forças Armadas também permanecerão no Espírito Santo por mais 13 dias além do que estava previsto, porque a Polícia Militar ainda está desfalcada em cerca de 30%. A decisão foi anunciada na terça-feira (21).

A crise na segurança pública no Espírito Santo começou no dia 3 de fevereiro, quando parentes de policiais militares, principalmente mulheres, se reuniram em frente à 6ª Companhia, no município da Serra, na Grande Vitória, e bloquearam a saída de viaturas. Os protestos se estenderam para outros batalhões e terminaram atingindo todos os quartéis do estado.

Eles reivindicavam reajuste salarial, condições melhores de trabalho e pagamento de benefícios. Com a paralisação de policiais, o policiamento no estado ficou a cargo das Forças Armadas e da Força Nacional. Pelo menos 1,1 mil policiais militares responderão a inquérito policial militar por crimes de revolta ou motim.

Juiz determina força policial e multa de R$ 10 mil para liberar portas de batalhões

Na tarde desta quinta-feira (23), a Justiça Estadual mandou em nova decisão, identificar, intimar e citar todas as pessoas que estiverem bloqueando o Quartel de Maruípe ou os Batalhões da Polícia Militar na Grande Vitória.

A decisão é do juiz Mário da Silva Nunes Neto, da 3ª Vara da Fazenda Pública Estadual, que autoriza o uso de força policial. Segundo a decisão, devem desobstruir as unidades “de forma imediata” e quem não cumprir a decisão de liberar as unidades estará sujeito a multa diária de R$10 mil e pode responder processos criminais.

A nova medida atinge agora não só as mulheres de policiais militares, mas qualquer pessoa que esteja com elas, no protesto, em frente às unidades da PM.

“Ficando tais pessoas cientes de que será feito acompanhamento/controle diário para constatação de eventuais recalcitrantes (os que são reincidentes na manifestação)”, diz em sua decisão.

 

 Manoela Albuquerque / G1

 

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